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Frutas Nativas são destaque em dois projetos de sustentabilidade da biodiversidade

Rota dos Butiazais e Cadeia Solidária das Frutas Nativas envolvem várias organizações e municípios de diferentes regiões do Estado. Embrapa conduz ações junto a agricultores assentados e manejadores da cultura do butiá. 

Nesta quinta e sexta-feira (5 e 6/05), os Ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário, em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Territorial e o Colegiado de Desenvolvimento Territorial dos Campos de Cima da Serra, promovem atividades para divulgação da Rota dos Butiazais e da Cadeia Solidária das Frutas Nativas. A programação acontece nos municípios de Pinhal da Serra e Vacaria/RS. A Rota dos Butiazais é uma iniciativa da Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS) em parceria com três municípios gaúchos, já a Cadeia Solidária das Frutas Nativas é articulada via projeto Ecoforte, da Rede Ecovida do RS, com a participação de 32 municípios de diversas regiões do Estado.

A Rota dos Butiazais
O butiá foi selecionado como uma das plantas do futuro pelo projeto do Ministério do Meio Ambiente, que busca estabelecer políticas públicas de promoção do uso sustentável da biodiversidade. Esta seleção reforça a ideia da formação da Rota dos Butiazais, que envolve os governos municipais de Giruá, Santa Vitória do Palmar e Tapes, onde busca reunir numa rede municípios, ONGs, agricultores, artesãos e empreendedores para a conservação e uso sustentável dos butiazais e a sua integração com setores de gastronomia, artesanato, cultura e turismo. No momento como promoção da Rota estão sendo feitas análises nutricionais do fruto e um livro ilustrado de Receitas das Plantas do Futuro da Região Sul do Brasil, através do projeto Biodiversidade para Alimentação e Nutrição (BFN). Inclusive, duas das receitas vencedoras do concurso Balaio de Sabores da 10ª Festa do Butiá foram selecionadas para integrar a publicação.

A Cadeia Solidária das Frutas Nativas
Esta Cadeia surgiu do protagonismo de agricultores ecologistas, ONGs, associações, cooperativas e empreendimentos da economia solidária e está vinculada ao Projeto Ecoforte da Rede Ecovida do RS. Presente em municípios dos Territórios Rurais Campos de Cima da Serra, Litoral, Missões, Produção e Nordeste, envolve também empreendimentos urbanos de processamento e comercialização localizados em Passo Fundo, Caxias do Sul, Porto Alegre e Litoral Norte. As frutas que ganham destaque neste projeto são sete espécies nativas – guabiroba, butiá, araçá, jabuticaba, goiaba, banana e juçara (açaí gaúcho) – disponíveis em escala comercial em mais de 25 tipos de produtos (polpa, picolé, sorvete, bolos, salgados, sucos).

Sobre as atividades
Nesta quinta-feira (5/05), o primeiro dia de trabalho, a Embrapa Clima Temperado conduz a agenda das atividades junto aos agricultores do assentamento Nova Esmeralda, aonde é apresentado o histórico do trabalho de valorização do butiá no Estado e, especialmente, no município de Pinhal da Serra. Um almoço está programado para servir pratos baseados em frutas nativas. Durante a tarde, acontece uma visita às áreas de extrativismo de butiá e à unidade de processamento.

No dia de amanhã (6/05), no auditório da da UERGS/Vacaria, se realiza um painel de trabalhos para discussão sobre as articulações realizados pelas organizações envolvidas nas duas ações, com debate de ações futuras e o papel de cada uma. As organizações envolvidas são: CETAP, Projeto Ecoforte, Embrapa Clima Temperado, NIPEDETE Campos de Cima da Serra, ECOTORRES, UERGS e Faculdade de Nutrição da UFRGS, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Ministério do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário.

 

Editor RuralSoft

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