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Frigoríficos assinam pacto verde

Empresas se comprometem a não comprar bois vindos de áreas de preservação na Amazônia

O Greenpeace e os frigoríficos Marfrig, Bertin, JBS-Friboi e Minerva, os quatro maiores do Brasil, assinaram ontem um acordo para estabelecer critérios de compra de bovinos para abate.

As empresas se comprometeram a não adquirir animais de fazendas da Amazônia em áreas desmatadas e de preservação ambiental. A chamada moratória da carne inclui uma agenda com seis pontos, como monitoramento do desmatamento na cadeia produtiva e cadastro de todas as fazendas produtoras.

Segundo a organização não governamental, 80% das áreas desmatadas na Amazônia são ocupadas pela pecuária, e um hectare da floresta é transformado em pasto para gado a cada 18 segundos.

– A adoção de medidas conjuntas demonstra a seriedade dos compromissos assumidos pelos grandes frigoríficos e ajuda a evitar a duplicação de esforços, agilizando a implementação de critérios que levem ao fim do desmatamento na pecuária brasileira – disse o diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário.

Presente na solenidade de assinatura do compromisso, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, afirmou que colocará a estrutura do governo estadual à disposição do setor. Maggi anunciou que a meta de Mato Grosso é ter 100% das propriedades rurais cadastradas para fins de licenciamento ambiental no prazo de um ano.

Para isso, vai colocar à disposição as ferramentas do programa MT Legal para desburocratizar e estimular o processo de cadastro e licenciamento ambiental, além de fornecer imagens de satélite em alta resolução para o monitoramento, permitindo, assim, a implementação de um sistema eficiente de rastreabilidade da pecuária no Estado.

O Greenpeace elogiou a colaboração de Mato Grosso e dos frigoríficos, mas cobrou do governo federal ações consistentes para zerar o desmatamento na Amazônia até 2015, reduzindo a emissão de gases que agravam as mudanças climáticas.

rsuser

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