Fertilizantes não param de subir

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic/Secex), os gastos do Brasil com importação de fertilizantes na primeira semana de março aumentaram 94,7%, em relação ao mesmo período do ano passado. Isso é resultado da maior importação brasileira e dos aumentos de preço.

A valorização das commodities agrícolas, em nível mundial, incentivou o aumento da produção e, conseqüentemente, o aquecimento do mercado de ferilizantes.

Mas além do aumento da demanda, inundações em minas na Rússia tornaram a levaram a uma retração na oferta de fertilizantes.

Procura alta, oferta escassa e aumentos de preço. Esse é o cenário.

De acordo com o último levantamento da Scot Consultoria, o preço do super simples granulado, por exemplo, reagiu 91,43% em relação a março do ano passado.

O fertilizante, que custava R$380,00/tonelada, agora vale R$670,00/tonelada.

Já a cotação do super triplo mais que dobrou no mesmo período. O produto é negociado a R$1.478,66/tonelada, contra R$710,00/tonelada em março de 2007.

E a tendência é de mercado firme. Entretanto, como a safra de verão está sendo colhida e a safrinha já foi plantada na maioria das regiões, espera-se que os reajustes de preço, em abril, sejam menores do que nos meses anteriores. De fato já se observa uma redução do ritmo de alta.

Para o super simples, de janeiro para fevereiro o aumento foi de 10,96% (de R$575,00/tonelada para R$638,00/tonelada). Já de fevereiro para março o acréscimo foi de 5,02%, chegando aos R$670,00 atuais. Os reajustes para o super triplo foram de 26,57% e 8,17%, respectivamente. (CMR)