A aplicação indiscriminada dos fertilizantes comercializados no Brasil tem trazido consequências graves ao meio ambiente devido à alta contaminação do solo pelo excesso de nutrientes que são liberados na produção. Um fertilizante desenvolvido por pesquisadores da Unesp de Sorocaba pode ser considerado o de menor impacto e maior produtividade agrícola por liberar os micronutrientes essenciais às plantas de uma maneira gradual e não agressiva.
O depósito da patente do fertilizante de liberação lenta foi feito pela Agência Unesp de Inovação (AUIN), em fevereiro deste ano, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) Segundo André Henrique Rosa, um dos autores da pesquisa, “os fertilizantes de liberação lenta são uma alternativa para aumentar a eficiência, diminuindo custos e aumentando a produtividade agrícola”.
A utilização do fertilizante de liberação lenta traz diversas vantagens. Uma vez que os micronutrientes são liberados conforme a necessidade das plantas, as perdas são minimizadas e a quantidade empregada de fertilizante e as despesas na aplicação são reduzidas. O fertilizante de liberação lenta contém, em sua fórmula, matéria orgânica e esta acaba sendo agregada aos solos, promovendo uma melhora na qualidade e também influenciando na retenção de água. “O fertilizante de liberação lenta minimiza a contaminação ambiental e os efeitos tóxicos para a biota pois evita a disponibilização do excesso dos nutrientes”, diz Camila de Almeida Melo, autora da tese que demonstra a o uso da liberação lenta para o baixo impacto do fertilizante.
Os pesquisadores agora trabalham na divulgação dos resultados para a comunidade científica e industrial e também no aprimoramento do fertilizante. O projeto conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Fonte: Porto gente
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