O diretor técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz, considerou positivo o fim do embargo à carne bovina brasileira pela China, mas ponderou que o restabelecimento do comércio da proteína entre os dois países será gradual. “Temos de ter em mente que os resultados não vão aparecer amanhã. Isso leva um tempo. É preciso restabelecer todos os canais de negociação, consolidando-os no longo prazo”, disse Ferraz ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.,
O diretor, porém, destacou que a liberação já terá alguma influência sobre as exportações brasileiras de carne bovina neste ano. “Manter esse mercado é absolutamente importante, tendo em vista o tamanho dele e a perspectiva de crescimento de consumo lá”, destacou. Ainda de acordo com Ferraz, o Brasil “tem tudo para ficar com uma das maiores parcelas” do mercado chinês da proteína.
O embargo foi derrubado nesta quinta-feira, 17, pelo presidente chinês, Xi Jinping, que veio ao País para o encontro do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O bloqueio havia sido imposto ao produto em 2012, após o caso atípico de vaca louca no Paraná.
Outros mercados.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Chico Maia, afirmou ao Broadcast que o fim do embargo pode ser um estímulo à abertura de novos mercados. “A China sempre puxa o bonde”, comentou. “Qualquer pequeno movimento chinês já um grande evento.”
Por: Agencia Estado
Fonte: Globo Rural
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