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Expedição Safra eleva projeção para soja e prevê safra de grãos de 202 milhões de toneladas

Após veranicos no plantio, lavouras da oleaginosa recuperaram vigor e devem render 96 milhões de toneladas em 31,16 milhões de hectares, conforme Indicador Brasil

As lavouras brasileiras conseguiram atravessar os veranicos registrados durante o plantio de verão sem que o potencial médio de produtividade fosse reduzido. Com a semeadura em fase final e ampliada, o país está em condições de colher até mais soja do que previa dois meses atrás. O potencial da oleaginosa passou de 94,55 milhões para 96 milhões de toneladas, aponta o Indicador Brasil da Expedição Safra lançado nesta segunda-feira após três meses de viagens pelo país. Com esse desempenho, a produção nacional de grãos deve atingir 202 milhões de toneladas, conforme o projeto, que percorre 16 estados brasileiros do plantio à colheita.

A área da soja cresceu 5,68% (para 31,16 milhões de hectares), menos do que no ano passado, quando houve expansão de 7% no plantio, conforme a Expedição. Ainda assim, a taxa é considerada expressiva e resulta de recuo de 7,9% no cultivo de milho (para 6,36 milhões de hectares) e da expansão das lavouras sobre pastagens e áreas do Cerrado.

A tendência é que o país colha 50 sacas de soja por hectare, com expansão de 4,4% em produtividade, aponta a equipe técnica da Expedição Safra, projeto desenvolvido há nove anos a partir de uma iniciativa do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba. Essa marca de 3 mil quilos por hectare é a mesma aferida no início do plantio, antes dos veranicos.

As lavouras de verão cresceram mesmo com recuo no milho. A estimativa é que a expansão verificada em estados como Mato Grosso (5,1%) e no Centro-Norte do país (7,8%) tenham resultado em incremento de 1,13 milhão de hectares. Soja e milho somam 37,32 milhões de hectares de lavouras.

Estados com área agrícola consolidada também elevaram o cultivo de soja. O Rio Grande do Sul plantou 6,95% mais. O Paraná expandiu a área em 3,21% e espera também produtividade 10,56% maior, depois de um ano de seca. Com área 5,1% maior, no entanto, Mato Grosso ganha distância como maior produtor e tem potencial para 27,8 milhões de toneladas, ou  29% da colheita nacional.

A queda no ritmo de ampliação das lavouras é considerada uma consequência do recuo nas cotações internacionais. “Nesta safra, verificamos que a produção brasileira entrou em uma nova etapa, consolidando taxas de crescimento mais adequadas ao desenvolvimento do agronegócio nacional”, analisa Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Safra.

Milho

A estimativa da Expedição para o milho é de 32 milhões de toneladas para o ciclo de verão. O cereal segue em baixa com queda avaliada em 5,8% em volume e em 7,8% em área plantada, que cai a 6,36 milhões de hectares.

A colheita deve ser 2 milhões de toneladas menor que a do ano anterior, recuo rebatido pelos 9 milhões de toneladas extras de soja. Entre os estados que apresentaram maior retração no milho está o Paraná, onde as lavouras encolheram -21,74%. O estado era o primeiro produtor de verão e agora aparece em terceiro lugar, atrás de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A Expedição Safra vai voltar a 16 estados até a colheita de verão, a partir de janeiro. Ao todo, técnicos e jornalistas percorrem 60 mil quilômetros nesta temporada.

 

Fonte: Agrolink 

 

rsuser

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