Estiagem compromete o nível dos rios e açudes do estado.
Culturas que exigem muita água foram substituídas, como a batata.
Em São Paulo, a estiagem comprometeu o nível dos rios e açudes. Quem depende da irrigação para plantar precisou reduzir a área.
A ordem entre os agricultores de Aguaí, município do centro do estado de São Paulo, é economizar água. A maior parte busca abastecimento em açudes e no rio Itupeva, mas o nível está 40% abaixo do normal para esta época do ano. Os reservatórios também estão em situação crítica e algumas culturas, que dependem de muita água, como a batata, estão sofrendo as consequências.
A cultura precisa de irrigação durante 24 horas a cada quatro ou cinco dias. Sempre que um pivô é ligado, o gasto é de 3 milhões de litros de água, só que em tempos de estiagem foi necessário reduzir o tamanho das lavouras para garantir o sucesso da colheita.
Em uma fazenda de 60 hectares só vai ter produção em 30 e, ainda assim, o agricultor precisa fazer uma operação de emergência porque o volume de água do açude não vai ser suficiente para irrigar toda a área.
Para enfrentar a seca, Valdir Gomes substituiu a batata pelo feijão na área de 62 hectares. O agricultor explica que o feijão exige menos água que a batata e outra providência tomada foi deixar a metade da área sem cultivar.
E não são apenas as lavouras de batata e feijão que sofrem com a estiagem. Em um pomar com 95 mil pés de laranja pera, a previsão de produção foi revista, de 4 mil toneladas para pouco mais de 2 mil, e a colheita, que deveria estar em andamento desde o início do mês, ainda nem começou
Por: Globo Rural
Fonte: Globo Rural
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