Notícias

Embrapa apresenta programa nacional de levantamento de solos

“Um solo sadio gera uma planta sadia e esta não será atacada por pragas”. Esta frase é da doutora em Ciências Agronômicas Ana Maria Primavesi, um ícone da pesquisa agronômica que completou 96 anos  nesta semana. Há muito tempo ela prega a importância dos solos para a sustentabilidade da agricultura no Brasil. E um passo importante começa a ser dado pela Embrapa Solos com o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos).

Nesta quarta (05), o programa foi apresentado para diretores e analistas da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). “Hoje a informação sobre solos no Brasil é insuficiente para que pratiquemos uma agropecuária de alta performance com conservação de recursos naturais, lucratividade e sustentabilidade. Para conservar os recursos naturais que temos, é preciso melhor conhecer a formação dos solos”, explica José Carlos Polidoro, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos.

O pesquisador destaca a importância de Mato Grosso neste projeto, pois tem um intenso uso da terra e é um estado importante para a produção agropecuária brasileira. “Tem um potencial produtivo maior do que o atual, mas não tem informação de solo suficiente para fazer o planejamento do uso da terra, o que é fundamental para que se atinja altos patamares de produtividade”, afirma Polidoro.

Os Estados Unidos, maior concorrente do Brasil em commodities agrícolas, tem um projeto de levantamento e informações de solos desde 1966. Segundo Polidoro, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou a necessidade de o País ter governança em solos. “O solo é o maior patrimônio de um país e, por isso, o projeto é fundamental. Devemos ter a ciência como aliada para a sustentabilidade do nosso negócio. Não adianta boas cultivares e manejo de pragas e doenças, se o solo não for bom”, comenta Nery Ribas, diretor técnico da Aprosoja.

O projeto em Mato Grosso deve iniciar com inventário e informações que já foram levantadas e, a partir de 2018, iniciar o trabalho de pesquisa e catalogação dos solos.

 

Editor RuralSoft

Recent Posts

Cientistas conseguem ‘ler’ cérebro de cavalos para identificar emoções – Olhar Digital

Cientistas conseguiram criar um dispositivo capaz de detectar sentimentos em cavalos. A pesquisa publicada na…

4 anos ago

Startup mineira investe em fidelização no agronegócio

Seedz desenvolveu um software de fidelidade que valoriza o relacionamento entre agricultores e pecuaristas de…

4 anos ago

Vacas ganham app estilo Tinder para encontrar almas gêmeas no Reino Unido

Vacas ganham app estilo Tinder para encontrar almas gêmeas no Reino Unido A Hectare, startup…

4 anos ago

Jovem do interior de São Paulo se torna a rainha dos frangos no Brasil

A produtora rural Luciana Dalmagro, de 34 anos, em sua granja em Batatais, no interior…

4 anos ago

Fazenda Futuro traz ao mercado nova proteína com gosto de frango

A Fazenda Futuro, foodtech brasileira avaliada em 100 milhões de reais, traz ao mercado o…

4 anos ago

Ações são propostas para reduzir o desmatamento na Amazônia Legal por agronegócio e ONGs ambientais

Representantes do agronegócio, ONGs ambientais, setor financeiro, sociedade civil e academia relacionam medidas para reduzir…

4 anos ago