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Em SP, nova técnica de polinização ajuda os produtores de morango

Abelha mandaguarí é a principal responsável pela polinização.

Fruta ideal para o mercado é resultado da visita permanente da abelha.

Uma técnica desenvolvida por pesquisadores da Embrapa vem ajudando os produtores de morango de São Paulo. Eles criam abelhas sem ferrão em laboratório para reforçar a polinização das flores nas lavouras.

A abelha mandaguarí, espécie encontrada com mais facilidade na região Sudeste do país é a principal responsável pela polinização nas plantações de morango. A fruta vermelhinha e no formato ideal para o mercado é resultado da visita permanente da abelha: sem o grão de pólen, os frutos ficam bem diferentes.

Esta nova técnica foi criada por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Semiárido. Desde dezembro do ano passado, eles estão criando abelhas sem ferrão para polinizar as flores nos pés de morango na região de Jarinu e Atibaia, uma das maiores produtoras da fruta no país.

Segundo os pesquisadores, para polinizar toda a área plantada com morangos no Brasil, aproximadamente 3 mil hectares, seriam necessárias 50 mil colmeias da abelha mandaguarí, mas atualmente existem pouco mais de mil.

Para ajudar os agricultores, os pesquisadores estão produzindo colmeias em larga escala. Por ano serão três mil.

Na plantação de Osvaldo Mazziero, as colmeias já foram colocadas bem próximas aos pés de morango. Cada colônia tem de 10 a 15 mil abelhas. Elas vão ficar ali durante toda a safra, depois disso, serão encaminhadas para uma empresa privada, onde serão alimentadas e depois retornarão para as plantações.

Os pesquisadores já constataram que as perdas dos agricultores que participam do estudo diminuíram. Com o reforço na polinização, a quantidade de frutos deformados caiu bastante.

Agora, a Embrapa vai testar como as abelhas reagem aos efeitos dos agrotóxicos usados no cultivo do morango com o objetivo de oferecer para o produtor uma oportunidade de manter a colheita em alta, com pouco prejuízo.

 

Por: Thiago Ariosi

Fonte: Globo Rural

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