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Em MT, silos-bolsa são cada vez mais usados para estoque de milho

Tecnologia das lonas preserva as características dos grãos.

Custo acessível e autonomia para vender a produção são outras vantagens.

Os produtores de milho de Mato Grosso tentam segurar a safra recém-colhida, na esperança de uma reação no preço do cereal e uma das alternativas para isso é usar o silo-bolsa.

Eles estão espalhados pelos campos mato-grossenses. Albino Pavlack comprou os primeiros silos-bolsa há três anos e hoje tem 13 na fazenda em Nova Mutum. Eles estão armazenando 40% do milho que ele terminou de colher em agosto, mas quando comprou pela primeira vez os bolsões, o agricultor conta que ficou desconfiado, queria saber como ficaria a qualidade dos grãos.

O resultado surpreendeu. A preservação das características dos grãos é consequência da tecnologia empregada nas lonas de polietileno. A capa externa tem filtros contra raios ultravioletas e a cor branca reflete a luz solar, ajudando a evitar que o grão esquente. Já a capa interna é preta, o que gera opacidade e escuridão para manter a cor e o brilho do produto armazenado.

O uso deste sistema começou a ganhar força em Mato Grosso nos últimos quatro anos. Em 2010, por exemplo, foram comercializadas cerca de mil bolsas para estocar grãos, enquanto este ano, mais de 14 mil unidades já foram vendidas.

O custo acessível é um combustível para as vendas. Cada lona com 60 metros de comprimento tem capacidade para abrigar 3 mil sacas de milho e custa, em média, R$ 1.600, ou seja, R$ 0,50 por saca armazenada. O valor é mais barato que o preço para estocar nos armazéns convencionais de empresas da região, que cobram cerca de R$ 2 por saca.

Os grãos devem ser armazenados por até 18 meses, tempo que na opinião de Albino significa autonomia. Como ele nunca teve armazém na fazenda, o “estoque alternativo” garantiu liberdade para decidir como e quando vender a produção.

Outra recomendação é que os grãos seja guardados bem secos nos silos, com no máximo 14% de umidade, para que durem bastante.

 

Fonte: Globo Rural

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