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Em MG, produtores suspendem a irrigação por falta de abastecimento

Mais de 150 municipios já decretaram situação de emergência.

Muitos produtores estão sendo orientados a suspender a irrigação.

Em Formiga, Minas Gerais, tem produtor suspendendo a irrigação da lavoura para garantir o abastecimento das cidades.

No centro-oeste mineiro muitos córregos e rios secaram por causa da estiagem. A situação mais crítica é a do Rio Formiga, o principal reservatório está com apenas 30% da capacidade. Muitos fazendeiros e também a população da cidade, dependem dessa água para sobreviver.

Policiais do Meio Ambiente visitam as propriedades para pedir para pedir que a água seja economizada, o problema é que a principal atividade é a horticultura, onde as plantas necessitam de irrigação diária.

Paulo Sérgio Teixeira cultiva seis variedades de verduras. Nos canteiros ele manteve a irrigação, mas reduziu o tempo pela metade. Já a plantação de inhame não vê água há uma semana e o prejuízo é grande.

Para manter o cultivo e economizar água, muitos produtores têm investido na hidroponia, sistema onde a mesma água é reutilizada por até duas semanas.

Para fazer três estufas, Ângelo José Teixeira gastou R$ 60 mil. Por mês, o produtor está colhendo 9 mil pés de agrião, alface roxa e verde gastando oito vezes menos água do que no sistema convencional. Mesmo assim, ele conta que está preocupado. “Se terminar a água, não temos como trabalhar”, diz.

O norte de Minas Gerais também sofre com a falta de água. A hidrelétrica de Três Marias opera com pouco mais de 4% da capacidade e 155 municípios já declararam situação de emergência.

Os produtores contabilizam as perdas, este é o terceiro ano consecutivo de pouca chuva na região. As perdas na lavoura chegam a 90% e a pecuária também sofre bastante com a redução significativa do plantel. Rios e poços artesianos estão secando e a previsão de chuva para a região ainda não se confirmou.

Reinaldo Nunes de Oliveira, coordenador técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), fala sobre o plantio de algumas culturas tradicionais da região, como o feijão e o milho, e o prejuízo dos produtores. 

 

Fonte: Globo Rural

rsuser

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