Chuva e dificuldade para plantar a safrinha preocupam.
Quebra em outras regiões produtoras por causa da seca também motiva.
O preço do milho está em alta em Mato Grosso. Em menos de um mês, a cotação do grão já subiu 20% e um dos motivos desse aumento é a dificuldade para se plantar a safrinha.
A chuva cai com força e mesmo assim, a plantadeira teima em continuar o serviço. Em uma fazenda em Nova Mutum, médio norte de Mato Grosso, o trabalho segue debaixo de chuva até o solo encharcar, tentativa frustrada de avançar com o cultivo do milho safrinha.
O operador queria ter semeado pelo menos 40 hectares, mas não conseguiu plantar nem 10% disso.
De espera em espera, o cultivo da safrinha não deslancha. Só nesta fazenda, 30% dos 2,8 mil hectares reservados para o milho ainda não foram semeados. Falta colher as lavouras de soja antes de dar sequência ao plantio. “A janela boa para se plantar a safrinha de milho é até 20 de fevereiro, mas infelizmente não conseguimos seguir por não ter como colher e entrar com as plantadeiras”, diz Luiz Divino, gerente de produção.
O ritmo também é lento nas demais regiões produtoras de Mato Grosso. Foram cultivados até aqui 91% da área prevista, enquanto no ano passado, o plantio já estava praticamente encerrado nesta mesma época.
O atraso no campo tem papel importante na recuperação dos preços do milho, que desde a semana do dia 20 de fevereiro registram alta de pelo menos 20% em Mato Grosso. A saca, que era negociada a R$ 15,38 em média, hoje não sai por menos de R$ 18,66.
O aumento vem com a expectativa de queda na produção. Pelas contas do Instituto Mato Grossensse de Economia Agropecuária (Imea), mais de 820 mil hectares não foram semeados no período ideal e podem ter a produtividade comprometida.
“Outro fator que impacta o mercado de Mato Grosso é a quebra nas principais regiões produtoras de primeira safra, como o Paraná, que sofreu com a seca. A safra brasileira de verão ficou comprometida e isso gera expectativa para a segunda safra, se vai suportar o mercado interno, que já paga níveis maiores quando vai buscar milho em Mato Grosso”, explica Daniel Latorraca, economista do Imea.
Por: Globo Rural
Fonte: Globo Rural
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