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Em GO, produtores de açafrão sofrem com a falta de mão de obra

Açafrão tem mercado e terras disponíveis, mas falta mão de obra.

Situação impede o crescimento da área plantada na região de Mara Rosa.

Pequenos produtores de Goiás aproveitam o tempo seco para fazer a colheita do açafrão, mas a principal dificuldade é encontrar mão de obra para ajudar no trabalho.

A colheita do açafrão acontece sempre no período de estiagem, quando as folhas estão secas. Ademar de Oliveira, que há 10 anos arrendava terras para plantar em Mara Rosa, norte de Goiás, este ano está colhendo pela primeira vez na própria chácara.

A produção de açafrão em Mara Rosa é de 500 toneladas por ano, mas de acordo com a cooperativa da região, esse número poderia ser três vezes maior porque tem mercado consumidor e terras para isso, não fosse o problema da falta de mão de obra.

Quase toda produção do norte de Goiás acontece em 300 pequenas propriedades e assentamentos. Como a colheita é toda manual, em muitos casos, é preciso contratar mão de obra para cumprir com o cronograma que termina no fim de setembro, antes das primeiras chuvas, o problema é que tem sido difícil encontrar pessoas para trabalhar no campo.

A situação impede o crescimento da área plantada na região, que há três anos continua a mesma, de 100 hectares. Sem ter alguém para ajudar, Ademar precisou reduzir a produção. “Eu produzia até 35 toneladas com quatro companheiros e hoje eu produzo de 10 a 12 toneladas sozinho”, diz.

Na cooperativa, o açafrão passa pelo processo de limpeza, é desidratado e moído. Ao todo, 30% da safra tem garantia de venda como merenda escolar em cidades de Goiás e do Distrito Federal. O restante é comercializado em São Paulo a R$ 4,50 o quilo, preço considerado baixo por causa do custo de produção.

O município de Mara Rosa responde por 90% da produção de açafrão de Goiás.

 

Fonte: Globo rural

rsuser

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