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Drone é usado em Ibirubá para auxiliar agricultor a conservar o solo

Um drone foi utilizado pela primeira vez, no dia 30 de setembro, para fazer imagens aéreas de uma lavoura referência em conservação do solo, no interior de Ibirubá, no Alto Jacuí. Operado por pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – campus Ibirubá (IF), o aparelho sobrevoou por aproximadamente 17 minutos, a uma altitude de 60 metros, na propriedade do agricultor Edair Pazinato.

O drone capturou imagens de sete terraços de base larga, construídos entre abril e agosto, para reduzir a erosão e reter a água da chuva. As imagens serão digitalizadas no laboratório do Instituto. O desafio será refazer, digitalmente, em poucos minutos, o trabalho que o agricultor levou quatro dias para concluir. “O objetivo é gerar a imagem e sobre ela fazer o terraço. Economia de tempo e dinheiro”, vislumbrou o professor do curso de Ciências da Computação do IF, Luis Claudio Gubert.

O projeto de pesquisa “Identificação e Quantificação de Doenças a partir de Imagens Aéreas” começou em março e prossegue até dezembro, com a parceria da Cooperativa dos Pequenos Agropecuaristas de Ibirubá (Coopeagri), responsável pela compra do drone. Já o projeto de extensão “Uso de Drones para os Pequenos Agricultores no Alto Jacuí”, começou em agosto e será concluído em dezembro, tendo como parceiro a Emater/RS-Ascar.

Uma das aplicações da pesquisa é mostrar se a tecnologia de precisão é capaz de poupar agricultores como Pazinato do trabalho de demarcar seus terraços. A prática é uma das alternativas sugeridas para recuperar áreas degradadas pela erosão. “Terraço é só a metade do processo. Nosso objetivo é manter entre 8 a 12 toneladas de matéria seca por hectare”, disse a engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar, Miria Durigon. “Manejo é fundamental”, insistiu Miria.
Na torcida pela continuidade da pesquisa, a engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar Aline Deutsch espera ver o drone sendo usado em diversos projetos, em benefício dos pequenos agricultores. A tecnologia de precisão poderia, por exemplo, auxiliar a esclarecer uma dúvida: se é ou não possível detectar, com câmera infravermelha, o estágio inicial da ferrugem asiática, doença causada por fungo que destrói a lavoura de soja.

“Por mais que a gente acha que sabe, sempre tem espaço para aprender mais”, resumiu Pazinato.
Também acompanharam os trabalhos na propriedade rural, a supervisora da microrregião administrativa da Emater/RS-Ascar de Cruz Alta, Monique Chaves, e estudantes dos cursos de Ciências da Computação e Agronomia do IF, Gilmar Zanuzzi Júnior, Mathias Wiedemann, Vitor Hugo dos Santos Grenzel e Serigne Khassim Mbaye, este último do Senegal.

 

Editor RuralSoft

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