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Doença preocupa criadores de ovinos e caprinos

Aprender o manejo sanitário é de extrema importância

Contagiosa, bacteriana, caracterizada por lesões purulentas e afetando, ocasionalmente, os pulmões, baço, rins e fígado. Essa é a Linfadenite Caseosa, ou o "Mal do Caroço", uma doença típica de ovinos e caprinos que também pode atingir o ser humano. Resulta em grandes perdas na indústria econômica, pela condenação das carcaças e desvalorização da pele dos animais.

A Universidade Federal Rural da Amazônia – Ufra possui um espaço especializado para o estudo destes animais, o Centro de Pesquisas em Ovinos e Caprinos do Pará (CPCOP), ligado ao Instituto de Saúde e Produção Animal (Ispa), que oferece aulas de manejo sanitário destinadas aos produtores e técnicos que atuam na área.

Aprender o manejo sanitário é de extrema importância no combate ao "Mal do Caroço". Além de todos os cuidados com o pasto e com o rebanho, é imprescindível se precaver na hora de manusear os animais, principalmente se eles forem acometidos pela Linfadenite Caseosa, que através da bactéria localizada nos abscessos, pode, durante o tratamento, também infectar o homem.

Mesmo que raramente, a bactéria pode penetrar no corpo humano se houver um ferimento. Em alguns países, há casos registrados de infecção humana em trabalhadores que esfolam as carcaças (que sofrem algum corte com a faca contaminada) e também por ingestão do leite cru infectado. O contato com as áreas infectadas do animal deve ser mínimo e, para a manipulação, deve-se usar luvas descartáveis e depois queimá-las junto com os demais materiais utilizados.

O "Mal do Caroço" pode ser detectado por meio de exames sorológicos. Além de afetar os ovinos e caprinos, a doença também se manifesta em cavalos e bois, quando criados no mesmo pasto que os animais já contaminados, porém a doença neles se apresenta de forma diferente. Como parte do tratamento, faz-se uma cirurgia, abrindo e drenando os abscessos. Devido à constância desse procedimento o couro do animal fica cheio de cicatrizes, tornando a venda de pele um fracasso. Em alguns casos a carne do animal infectado pode servir como alimento, mas só quando liberado pelo serviço oficial de inspeção sanitária.

Muitos produtores consideram o Pará inadequado para criação de caprinos e ovinos, por conta desta e de outras enfermidades, mas já existem meios para controlar a doença. Segundo o veterinário e diretor do Instituto de Saúde e Produção Animal (Ispa) da Ufra, prof. Djacy Ribeiro, o manejo adequado protege o rebanho deste mal. "É importante vaciná-los, examiná-los periodicamente e evitar a compra de animais doentes. Aos animais já doentes, deve-se proceder o descarte programado", diz o veterinário.

REFERÊNCIA

O Centro de Pesquisas é coordenado pelo prof. Luiz Fernando Souza Rodrigues, do Instituto de Saúde e Produção Animal – Ispa, que também realiza trabalhos na área de reprodução animal.

Fonte: Diário do Pará

rsuser

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