Supõe-se que a epdemia da Vaca Louca, teve início na Inglaterra em 1985, porém, além da Grã-Bretanha, a doença já foi diagnosticada na Irlanda, Reino Unido, Suíça, França, Portugal, Holanda, Alemanha, etc.

Sua principal forma de transmissão nos bovinos, é com a ingestão de rações contaminadas à base de proteína animal, como por exemplo, farinha de carne e a suplementação mineral como farinha de ossos, provenientes de outros ruminantes doentes, tendo a possibilidade de transmissão de animais gestantes para o feto.

Pesquisas são realizadas em todo o mundo, com o sentido de suprimir dúvidas ainda existentes a serem esclarecidas sobre tal enfermidade e seus sinais clínicos mais aparentes são:

*AGRESSIVIDADE DO ANIMAL;

*DEMÊNCIA;

*AGITAÇÃO E APREENSÃO;

*EXCESSIVOS MOVIMENTOS NAS ORELHAS E FLANCO;

*FALTA DE COORDENAÇÃO NOS MEMBROS POSTERIORES.

A confirmação da enfermidade, faz-se através de exames laboratoriais como a histopatologia. No Brasil, existem laboratórios especializados, para o diagnostico dessa doença.

Essa enfermidade ainda não muito esclarecida, é causada por um suposto vírus pertencente ao GRUPO 2 – que é onde se encontram os vírus dessa natureza sem classificação definida – tendo características muito próprias.

Alguns pesquisadores que os denominam de viróides (assemenlham-se ao vírus) e outros que os chamam de virinos. A incubação das infeccões causadas por esse vírus é longa e sua resistência a altas temperaturas é grande, chegando a suportar 99,5oC, durante 2 (duas) horas e sem perder sua atividade.

Para o controle da doença, os animais infectados devem ser sacrificados, com aviso prévio e obrigatório para controles das autoridades sanitárias.

Fica proibido o trânsito de animais infectados com formação de barreiras sanitárias em postos de fiscalização.

É de obrigação da propriedade afetada entrar em quarentena com observação dos animais assintomáticos ou que apresentem algum sinal clínico aparente e dessa forma, fica proibido a comercialização de cortes de carne com osso e miúdos.

Posteriormente faz-se um acompanhamento sorológico em todo rebanho envolvido, todavia, não existem registros (evidencias) da presença de agentes infectados no leite, ou em cortes desossados.

Recentemente os Estados Unidos da América do Norte e Canadá boicotaram as importações de carne brasileira, provavelmente por motivo de carência de informações destes governos, principalmente do governo canadense desde 1998 que desconhecia que os rebanhos brasileiros ,estavam isentos dessa doença do Mal da Vaca Louca.

Colocando assim o Brasil na lista de países com risco 2 (nível intermediário) para incidência da enfermidade. Por esse motivo, as autoridades governamentais federais tomaram providências para a intensificação das medidas garantindo a proteção do território brasileiro contra esse mal.

Em nosso país, já foram feitos os devidos rastreamentos de bovinos importados do Reino Unido na década de 80 e fez-se iniciar o monitoramento de animais vindos da Europa entre os anos de 1990 e 1994.

O programa nacional do controle dessa doença proíbe o uso na alimentação de ruminantes com rações à base de proteína animal como: farinhas de carne e gordura de quaisquer mamífero.

O governo ampliará ainda o números de laboratórios para exames em animais mortos com problemas neurológicos.

Outra doença muito semelhante ao da “vaca louca”, é a “scrapie”, atingindo as ovelhas, e provocam degeneração do sistema nervoso.

Ovinos como scrapie podem apresentar desorientação e descoordenação dos membros, por outro lado apresentam discordância em relação entre as duas doenças.

Não se sabe ainda os ricos gerais zoonóticos, entretanto alguns dados mostram que a doença de Creutzfeld-Jakob (CDJ) que é a forma de encefalopatia espongiforme que afeta a espécie humana, causando também degeneração do cérebro, sem mesmo provocar uma reação imune contra o agente infeccioso, com resultados fatais, produzindo uma demência que, geralmente, aparece entre os 50 e 65 anos de idade, afetando tanto homens quanto mulheres e uma outra enfermidade chamada de “Kuru” entre as tribos da Nova Guiné, que é uma doença transmissível, experimentalmente, a chimpanzés que adoecem anos após terem recebido injeções de material colhido na hipófise de pessoas que morreram com a doença. Causam lesões semelhantes a EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) e a SCRAPIE dos ovinos.

Essas evidências circunstanciais levam a envolver as neuropatias raras no homem e, tem levado hipóteses sobre as relações entre agentes causadores da EEB e estas patologias.

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