Os tradicionais leilões e julgamentos realizados anualmente na primavera trouxeram resultados expressivos para os criadores da raça Devon em 2014. As médias dos touros foram positivas e reafirmam a evolução e valorização da raça. “Para nós não é uma surpresa. O aprimoramento genético e a busca pelos melhores exemplares é uma das bandeiras da Associação, e a consequência disso são os bons números”, afirma Elizabeth Cirne Lima, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon (ABCD). No total, foram comercializados 281 touros da raça na estação, alcançando média de R$ 6.176,42.
Segundo Henrique Ribas, vice-presidente Comercial da ABCD, a procura por exemplares da raça e por sêmen está aquecida. “Em função dos resultados alcançados nas duas últimas edições da Expointer, quando obtivemos os maiores valores de comercialização nos leilões de rústicos, chamamos a atenção do mercado. O potencial da raça para criação e para cruza está cada vez mais em evidência”, afirma Ribas. A Cabanha Santa Alice, de Santa Maria, da qual Henrique é um dos proprietários, comercializou 56 touros nesta estação, com média de R$ 6.500,00.
A Fazenda Palmeira, propriedade de Cláudio Ribeiro, comercializou 36 touros nas feiras e remates da primavera, com média de R$ 6 mil. Os exemplares de Ribeiro ganharam notoriedade neste ano e no ano passado por terem sido enviados para a rede de restaurantes de carne premium Pobre Juan, onde aconteceu a Semana da Carne Ruby Devon. “Essa presença em um restaurante do porte do Pobre Juan só faz crescer a procura pela raça no país. Os criadores enxergam no Devon uma carne de qualidade, aprovada pelos consumidores mais exigentes”, afirma o criador.
Ações para 2015
Para 2015, a ABCD está fortalecendo um plano de apoio aos criadores para que eles possam ingressar no programa de carne de qualidade da raça Devon. “Com isto, poderemos ter um volume ainda maior de produto com qualidade destacada para ocupar o mercado Premium onde o Devon já se faz presente”, afirma Elizabeth. Além disso, está nos planos da Associação para o próximo ano um recredenciamento de técnicos; a realização de novos dias de campo; maior interação com universidades e cursos técnicos agrícolas; e crescimento no Centro e no Norte do país, para abertura de novos mercados.
Fonte: Agrolink
