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Desempenho do frango vivo em janeiro de 2015

Sem ter terminado bem 2014, o frango vivo iniciou 2015 nas mesmas condições: com excesso de oferta em relação à demanda (agora, naturalmente recessiva), o que manteve o mercado fraco durante todo o mês de janeiro.

A maior parte dos primeiros 31 dias do ano foi percorrida com a mesma cotação (referencial) que prevaleceu em dezembro – R$2,35/kg. Mas o mês foi encerrado com negócios a, no máximo, R$2,25/kg, o que significou redução de 4,26% em 30 dias e redundou em um preço médio mensal quase 2% menor que o do mês anterior, dezembro de 2014.

Note-se, porém, que o desempenho do frango vivo em janeiro apenas manteve a tipicidade de todo início de ano. Aliás, o comportamento observado foi exatamente igual ao de janeiro de 2014 – ainda que o preço médio mensal tenha sido 5,14% menor que o de um ano atrás. Como?

Na verdade, a redução enfrentada em janeiro foi uma das heranças do final de 2014. Ou seja: em dezembro passado, a remuneração obtida pelo frango vivo teve forte recuo, passando a corresponder a cerca de 95% do valor registrado um ano antes. E a mesma proporcionalidade foi mantida e transferida para janeiro de 2015 (só nos últimos dias do mês é que o índice se alterou; pois enquanto há um ano o preço do frango vivo retrocedeu, nos quatro últimos dias do mês, para R$2,30/kg, neste ano manteve os R$2,25/kg; portanto, a relação, neste caso, foi de quase 98% sobre um ano atrás, na mesma data).

Em outras palavras, não houve nada de anormal no desempenho do frango vivo em janeiro – isto, se levadas em conta as condições atuais, sem dúvida turvas, da economia brasileira. Quer dizer: se há ou continuam existindo perdas em relação ao mesmo período do ano anterior não é porque se deterioraram as condições de mercado, mas por persistir um desequilíbrio de oferta cujos efeitos vêm se transferindo de um mês para outro, num efeito dominó.

Notar, aliás, que nos últimos seis meses (desde agosto), em apenas uma ocasião os preços do frango vivo apresentaram resultado positivo em relação ao ano anterior – em novembro. Nada mal, claro, se idêntico procedimento fosse observado também na evolução dos custos. Mas não tem sido bem assim, pois eles aumentaram no decorrer de 2014, como demonstram os levantamentos mensais da Embrapa Suínos e Aves (vide, a propósito, “Em 2014 frango teve o maior custo do último triênio). 

Por falar em triênio, o preço médio de abertura de 2015 (R$2,32/kg) corresponde, no momento, ao pior resultado dos últimos três anos, mesmo nominalmente (isto é, sem considerar a inflação acumulada). Nas circunstâncias aí presentes (e não só as da economia, pois a crise é também hídrica e energética) – essa situação precisa ser continuamente avaliada pelo setor.

 

Fonte: Avisite

 

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