As exportações de carnes fecharam o primeiro decêndio de outubro (8 dias úteis) com aquela que, pela média diária, se caracteriza (por ora) como a melhor receita cambial obtida pelo setor em todos os tempos: US$75,233 milhões, valor 13,2% e 13,7% superior aos obtidos no mês anterior e no mesmo mês do ano passado.
Esse resultado, aliás, coloca as carnes como o terceiro principal produto exportado pelo Brasil no mês, atrás apenas do petróleo e do minério de ferro. Corresponde, também, a um comportamento oposto ao dos produtos básicos, cuja receita média diária recuou 15,3% e 14,2% em relação, respectivamente, a setembro/14 e outubro/13. Quer dizer: não fosse o bom desempenho das carnes, a queda teria sido bem maior.
Ainda que o valor médio ora registrado possa sofrer alguma diluição no decorrer das três semanas que completam outubro (+15 dias úteis), a receita do mês – dadas as condições do mercado internacional de carnes – tende a sofrer variação mínima. Assim, a perspectiva é, mesmo, de rompimento de um recorde que se mantém imbatível desde novembro de 2011, quando a receita média diária ficou em US$71,629 milhões.
As três carnes vêm contribuindo para esse bom desempenho. A ponto de as três sinalizarem novos recordes na receita cambial. E, neste caso, o crescimento mais expressivo tende a recair sobre a carne suína, cujo preço médio atual é mais de 50% superior ao de um ano atrás.
Em se tratando do volume, porém, a expansão mais significativa vem sendo da carne de frango, cujos embarques nos oito primeiros dias úteis do mês registraram média diária de 15.559 toneladas.
Isso, transposto para os 23 dias úteis de outubro projeta total mensal da ordem de 358 mil toneladas de carne de frango in natura, volume que, se confirmado, vai deixar definitivamente para trás o recorde de 338,4 mil toneladas alcançado em maio de 2012.
Fonte: Avisite
