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Das carnes, peixes são preferência para 3% dos consumidores de Cuiabá

Dentre as proteínas animais, as carnes bovina e de aves são destaque.

Conclusões são de estudo que mapeou cadeia produtiva do estado.

Apenas 3% da população da grande Cuiabá (capital e as cidades da região metropolitana) têm a carne de peixe como a primeira escolha, na comparação com as demais carnes que compõem a cadeia alimentar. Em um ranking que avalia a preferência dos consumidores, o peixe fica à frente somente da carne suína (1%). Bovinos e aves estão no topo com 72% e 24%.

As conclusões são de um estudo inédito divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato/MT). A radiografia, construída em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e a Associação dos Aquicultores do Estado (Aquamat), mapeou a realidade da piscicultura mato-grossense, avaliando eixos tanto da produção quanto do consumo. 

De acordo com o estudo, ao fazer a escolha sobre qual alimento vai adquirir, o consumidor é influenciado por preferências individuais, necessidade, fatores ecológicos, econômicos, sociais e culturais. O sabor, o hábito cultural, além do preço são fatores decisivos para a tomada de decisão.

A pesquisa realizada entre janeiro e outubro deste ano ouviu 3.031 entrevistados, a maioria ligada à capital. Concluiu que as carnes de boi e de aves são preferência entre os consumidores em função do sabor e o fator cultural (69%).Quarenta e dois por cento dos entrevistados, que preferem peixe, têm o hábito de consumir semanalmente. Na hora da compra a aparência e o preço pesam mais que o odor e a quantidade de espinhos.

Dentre aqueles que consomem peixe, 77% o fazem em casa. Outros 13% em restaurantes ou demais locais. Ainda, 40% disseram aos pesquisadores preferir comprar o peixe inteiro sem espinha e vísceras fresco.

No universo entrevistado, 51% compram peixe no supermercado. Segundo o diagnóstico, os consumidores esperam produtos de fácil preparo e baixo custo. “Mesmo a população sem ter o peixe como sua carne preferida o consumo ainda é alto. Mais de 40% consomem peixe com frequência de pelo menos uma vez na semana. Este é um mercado potencial”, disse ao G1 o superintendente do Imea, Otávio Celidônio.

Aumento no consumo

Segundo os entrevistados, preços mais acessíveis fariam o consumo de peixe aumentar. Foi o que afirmaram 41% dos pesquisados. A mudança no estilo de vida, ou seja, a busca por hábitos mais saudáveis, aparece como o segundo item.

“Trinta e três por cento dos consumidores já admitem que na busca por um alimento mais saudável eles consumiriam peixe. É uma tendência de aumento. Quanto mais a população se conscientizar dos problemas atuais mais ela vai passar a consumir”, considerou ainda Celidônio.

Na principal região produtora de pescado do estado, a Centro-Sul, onde está a baixada Cuiabana, a área média em hectares de lâmina d”água empregada na produção de peixe é de 10,2 hectares. 

“Mato Grosso é o terceiro produtor nacional e tem condições para desenvolver [a produção de peixes] em função da temperatura, disponibilidade de água, [oferta] da ração. Se resolvermos nossos gargalos que são de logística e a falta de crédito para maiores investimentos, não temos dúvida que acharíamos um consumo maior”, avalia o gestor de projetos do Imea, Daniel Latorraca.

Perfil do consumidor

Do total de 3.031 entrevistados, 54% são mulheres e 46% homens, com idades variando de 14 até 86 anos. 

Deste universo, 34,84% tinham o ensino médio completo e apenas 24% dos entrevistados não tinham estudos. Segundo o Imea, 82,58% não possuíam ensino superior completo.

A faixa média de renda das pessoas ouvidas foi entre 2 e 5 salários mínimos.

 

Por: Leandro J. Nascimento

Fonte: G1 – MT

 

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