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Da banha ao porco “light”, conheça a evolução da genética suína

Se hoje os suínos são criados principalmente para a produção de carne, décadas atrás esse cenário era diferente. Depois de anos de melhoramento genético, os animais ganharam músculo, perderam gordura e mostram um perfil bem diferente de quando chegaram a terras brasileiras.

Os porcos foram introduzidos no Brasil em 1532, por Martin Afonso de Souza. Vindas de Portugal, as primeiras raças que desembarcaram em solo brasileiro foram a Alentejana, Transtagana, Galega, Bizarra, Beiroa e Macau. Essas deram origem às chamadas raças nacionais como o Piau, Tatu, Canastra, Nilo, Caruncho, Pereira e Pirapitinga. Em 1958, foi criada a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), que marca o início do controle genealógico dos suínos e importação de raças exóticas.

O objetivo era melhorar a produtividade e aumentar a produção de carne, já que a banha, principal produto das raças nativas, começava a perder espaço para os óleos vegetais. Duroc Jersey, Wessex, Hampshire e Montana foram algumas das raças que entraram nesse primeiro momento. “Nesse ponto, o sistema de monitoramento era importar reprodutores dos Estados Unidos e Europa e cruzar com os mestiços”, conta Elsio Antonio Pereira de Figueiredo, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves.

Em 1970, foi introduzido em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo o Teste de Progênie, controlado pelas associações de criadores, que marcou o início do melhoramento genético em território nacional. O teste avalia o potencial genético dos pais, especialmente dos machos, por meio do desempenho e da carcaça dos filhotes.

Segundo Elsio, por volta de 1990, começam a entrar no país empresas de genéticas com programas mais objetivos de melhoramento, fazendo uso de seleção pelo Blup, técnica estatística usada para estimar o valor genético dos reprodutores matrizes baseada na informação de produção. “Com isso vários programas no mundo – na Dinamarca, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Holanda – começaram a desenvolver material genético melhor do que existia e o comércio começou a aumentar, via sêmen congelado e reprodutores”, afirma.

De acordo com o pesquisador da Embrapa, atualmente, as raças são dividas entre aquelas criadas para produzir porcas e as destinadas a cachaços (porco reprodutor).

 

Fonte: Agrolink 

 

rsuser

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