Criação de rãs – saiba como é feito o manejo em cativeiro

Manejo, para os que estão iniciando a sua criação de rãs, são todos os procedimentos adotados pelo ranicultor que, direta ou indiretamente, afetam o desempenho das rãs em cativeiro. Logicamente, o tipo de instalações utilizadas também refletem significativamente no desempenho. É importante esclarecer que na criação de qualquer animal existem algumas regras básicas de manejo que são estabelecidas em função das condições de ambiente oferecidas a eles. Entre elas, podem ser mencionadas: 

– A densidade adotada;

– A alimentação;

– O conforto nas instalações; e 

– A sistemática das atividades de rotina praticadas no manejo diário, pelo tratador.

Densidade

A densidade se refere ao número de animais ou capacidade de alojamento que comporta um determinado espaço físico (tanque para girinos e baia para rãs), sem prejuízo ao desempenho zootécnico da criação. 

Alimentação

A alimentação pode variar de acordo com a fase de desenvolvimento do animal. No caso dos girinos, eles encontram alimento natural na água (microrganismos e material em suspensão), e o ranicultor oferece a ração em pó fino (0,02 mm), geralmente, a mesma utilizada para alevinos de peixes, pelos piscicultores. Para as rãs, o alimento é ração em peletes, geralmente a mesma utilizada para peixes carnívoros.

Manejo físico ou operacional

O manejo físico ou operacional se refere à aplicação da densidade ou do número de animais que devem ser alojados em determinada baia ou tanque de criação, assim como as biometrias, triagens e transferências de animais de um determinado local para outro.

– Biometria: a biometria se refere aos procedimentos de medidas de interesse zootécnico, tais como número, peso ou comprimento, para se avaliar o desempenho dos animais. 

– Triagem: triagem se refere ao procedimento de separação dos animais, seja por tamanho e, ou peso, de acordo com a necessidade, para manter os lotes mais homogêneos ou uniformes.

Procedimentos programados

Os procedimentos podem ser classificados em atividades de rotina diária, eventuais e periódicas, e se referem ao manejo físico ou operacional, alimentar e sanitário. 

– As atividades eventuais são aquelas que não têm data fixa para ocorrer, apenas uma previsão. Um exemplo é a transferência de reprodutores da baia de mantença, para as baias de acasalamentos, que podem se antecipar ou atrasar da data prevista, dependendo do fluxo de produção, aqui denominado como a migração dos animais nas diversas etapas da criação, até a venda dos animais para o abate, fato este que pode ser postergado, ou antecipado, dependendo do mercado. Sem a saída de animais, as baias permanecem ocupadas e, portanto, nova safra não pode ou não deve ser iniciada. 

– Atividades periódicas têm uma data prevista, ocorrendo semanalmente, ou mensalmente.

 

 

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