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Cotação do boi gordo cai mais no Brasil do que nos Estados Unidos

Os Estados Unidos é o maior produtor, maior consumidor, maior importador e, atualmente, terceiro maior exportador de carne bovina do mundo, recuperando a posição perdida em 2004, após o caso de encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca) registrado ao final de 2003.

O Brasil, por sua vez, é o segundo maior produtor, maior exportador (com um “Estados Unidos” de vantagem em relação ao segundo, a Austrália) e quarto maior consumidor de carne bovina do mundo.

Portanto, a análise das cotações do boi gordo desses dois países é uma boa referência sobre o comportamento do mercado mundial. Acompanhe, a evolução das cotações do boi gordo nos Estados Unidos e no Brasil ao longo de 2008.

Ao longo do período analisado, a desvalorização do boi norte-americano foi de 8%. Já o boi gordo brasileiro caiu aproximadamente 18%. A defasagem do Brasil para os Estados Unidos, que em janeiro era de 31%, chegando a cair até preocupantes 10% em junho, fechou o ano em 38%. Apesar do impacto negativo sobre a receita dos produtores, essa diferença é importante para a manutenção da competitividade da carne bovina brasileira no mercado internacional.

Nos dois países o mercado trabalhava, até agosto, em ambiente firme. A partir daí, em função do acirramento da crise econômica internacional, que atacou a saúde financeira dos frigoríficos, prejudicou as exportações e, conseqüentemente, derrubou os preços internacionais, a situação se inverteu.

É preciso considerar também, no caso do Brasil, os efeitos da desvalorização do real. Assim, de agosto para dezembro de 2008, o boi gordo nos Estados Unidos recuou 14%. Já por aqui, tomando São Paulo como referência, a retração foi de 39%.

Esse movimento limitou os impactos da queda dos preços internacionais da carne bovina sobre as margens das indústrias exportadoras e, também, devolveu a competitividade que o produto nacional havia perdido ao longo do primeiro semestre do ano passado. (FTR)

rsuser

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