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Condição das estradas dificulta a vida dos produtores de leite de MS

Em um assentamento de Terenos, eles estão deixando de entregar o leite.

Estradas e a falta de resfriadores na região prejudicam a atividade.

Laucídio Nogueira tem uma propriedade de dois hectares no assentamento Santa Mônica, no município de Terenos, região central de Mato Grosso do Sul. Boa parte da renda do sítio vinha da produção das 10 vacas leiteiras, mas há oito meses ele parou de entregar o produto para o laticínio.

Tudo o que a família produz agora é para consumo próprio e Laucídio conta que não está entregando o leite por duas condições: a primeira é que o resfriador da região mudou de local e está muito longe e a segunda são as estradas.

A família de Francisco de Assis enfrenta as mesmas dificuldades. Recentemente, o produtor investiu no financiamento de uma ordenhadeira mecânica para aumentar a produção, mas mesmo assim não está entregando o leite para o laticínio.

Percorrendo as estradas do assentamento, é possível perceber as dificuldades para escoar a produção. O criador Sebastião Sandin é uma prova disso. Para não interromper a entrega do leite no ponto de coleta, ele recorreu ao carrinho-de-mão, que carrega por seis quilômetros, somando ida e volta.

Os problemas no campo já atingem a indústria. Um laticínio, em Campo Grande, processa hoje 35 mil litros por dia, bem menos que a capacidade.

“Hoje nós trabalhamos com uma ocupação de 35% e uma ociosidade de 65%. Se tivéssemos mais leite com certeza a empresa teria um desempenho muito melhor e o produtor também”, explica Edgar Pereira, dono do laticínio.

A prefeitura de Terenos informa que a principal via que corta o assentamento Santa Mônica já foi recuperada e que, este mês, as máquinas vão trabalhar nas estradas secundárias. Dez novos resfriadores foram comprados para facilitar a entrega do leite na região.

 

Por: Globo Rural

Fonte: Globo Rural

rsuser

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