Com preço em queda, Ministério da Agricultura suspende leilões de milho

Estoques públicos são de um pouco mais de 800 mil toneladas, volume insuficiente para demanda brasileira

O Ministério da Agricultura decidiu cancelar o leilão de 500 mil toneladas de milho dos estoques públicos, que estava previsto para atender a demanda da indústria e dos criadores de aves e suínos.

A decisão, em caráter provisório, foi anunciada pelo secretário de política agrícola, Neri Geller, que justificou a queda de preço do milho como motivo. Segundo ele, a entrada da segunda safra, em fase de colheita em Mato Grosso, Goiás e Paraná, tem pressionado os preços do grão e o leilão, neste momento, só serviria para derrubar ainda mais as cotações.

Ele ainda completou informando que o mercado de oferta e demanda por milho começa a se ajustar no Brasil, mas que o governo está pronto a usar os estoques públicos para equilibrar o mercado quando necessário, especialmente no período de entressafra.

Os estoques públicos de milho atualmente estão bem restritos, o que também justificaria a medida do governo evitando um desabastecimento no futuro. Dados da Conab (Companha Nacional de Abastecimento) mostram que os estoques são de um pouco mais de 800 mil toneladas de milho, volume insuficiente para o consumo mensal do Brasil que gira em torno de 4 milhões de toneladas.