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Colheita de café – benefícios do aumento no número de passadas na eficiência da colheita

Nos últimos anos a cafeicultura vem passando por uma grande evolução. Antigamente praticamente 100% da colheita do café era realizada de forma manual. Em 1979, foi lançada a primeira colhedora de café, porém seu uso se expandiu nos últimos 15-20 anos. E, atualmente, o maquinário tem sido aperfeiçoado e amplamente utilizado, favorecendo o processo de colheita e reduzindo drasticamente o uso da colheita manual somente. Mas o que mais pode ser utilizado na colheita do café com o objetivo de reduzir custos e aperfeiçoar este processo?

Novas alternativas e tecnologias têm surgido. Como opções para áreas com colheita mecanizada têm-se as seguintes alternativas:

– aprender a trabalhar com colhedoras e varredoras;

– aumento do número de passadas da colhedora;

– safra zero.

Para áreas com colheita manual, tem-se:

– safra zero;

– colhe e corta;

– melhoria das colhedoras.

Qual alternativa utilizar? O que pode trazer benefício para o cafeicultor? Neste artigo, abordaremos sobre os benefícios do aumento do número de passadas da colhedora.

 

A tabela 1 apresenta o resultado de um trabalho que realizado em uma propriedade avaliando o efeito do aumento de números de passadas da colhedora na lavoura de café na eficiência da colheita. Foi realizada em uma lavoura 6 tratamentos, sendo o primeiro tratamento, uma passada; o segundo, duas passadas e assim até o sexto tratamento com seis passadas da maquina na lavoura para realizar a colheita.

Tabela 1: Efeito do aumento de números de passadas da colhedora na lavoura de café na eficiência da colheita

Fonte: Felipe Santinato

A eficiência de uma passada foi 54% e de duas passadas 75%. Com a mudança de uma passada para duas há um aumento em 21% de eficiência na colheita do café, sendo 21 pontos percentuais a mais de café colhido pela máquina. Quando se aumenta para três ou mais passadas, há muito pouco beneficio dessa prática, não sendo justificável o uso.

Para uma lavoura com 4.000 pés, se fosse realizado o repasse manual, a R$ 0,15/pé, seriam gastos R$ 600,00, que é o mesmo custo para se alugar 3 horas de colhedora, sem levar em consideração o aumento da qualidade do café que deixa de ir para o chão e custos trabalhistas.

 

Por tudo isso, o aumento de uma passada para duas da máquina colhedora na colheita do café é uma tecnologia que deve ser utilizada e traz benefícios para o cafeicultor.

 

Por: Luiz Paulo Vilela – Engenheiro Agrônomo – Equipe Rehagro

Fonte: Rehagro

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