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Clima prejudica desenvolvimento de lavouras no RS

As lavouras de trigo estão sendo severamente prejudicadas pela instabilidade climática ocorrida no Rio Grande do Sul durante boa parte do ciclo da cultura, principalmente do estágio de floração até os dias atuais. Segundo a Emater, em regiões importantes de produção, como Missões, Fronteira Noroeste e Noroeste Colonial, um expressivo percentual de lavouras — cerca de 40% — apresenta espiguetas atacadas por doenças fúngicas de difícil controle (brusone e giberela), embora os produtores tivessem realizado os controles preconizados de forma preventiva.

As primeiras lavouras de trigo colhidas nessas regiões apresentaram produtividade regular e grãos ainda com valor comercial. Porém, na medida em que a colheita avança, as lavouras apresentam-se mais prejudicadas e o produto colhido tem sido de baixa qualidade, e, em alguns casos, sem valor comercial, ou seja, fora do padrão para moagem. Atualmente, grande parte das lavouras (68%) encontra-se em enchimento de grãos, tendo ainda 12% maduros e por colher e 2% da área colhida.

A canola também foi prejudicada pelo clima úmido ocorrido no período de maturação e colheita. Com 70% da área na fase de maturação e 30% dos grãos já colhidos, a cultura tem apresentado rendimento médio de 894 quilos por hectare. Na região de Passo Fundo e seu entorno, os produtores estão dando preferência à colheita direta, ou seja, estão dessecando a cultura e, após quatro dias, entram com a automotriz para efetivar a colheita.

As chuvas registradas recentemente têm causado interrupções no plantio do milho, que alcança 60% dos 956 mil hectares previstos para o Estado, percentual superior à média dos últimos anos e à marca registrada no ano passado nesta mesma época. Por outro lado, o clima quente e úmido tem proporcionado excelente desenvolvimento às lavouras. Em algumas regiões, as precipitações, acompanhadas de queda de granizo, provocaram pequenos danos foliares em lavouras em fases de desenvolvimento inicial, sem comprometer a cultura como um todo. Conforme informações da Emater, é considerada baixa a incidência de pragas.

 

Por: Luiz Eduardo Kochhann

Fonte: Jornal do Comércio

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