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Chuvas de julho ameaçam produção de cereais, vinho e maças em Portugal

As chuvas e umidade registradas em julho indiciam quebras na produção de outono/inverno dos cereais, vinho e maças, mas em contrapartida aumentaram a produção de batata e arroz, segundo as previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Portugal.

As previsões agrícolas, em 31 de julho, apontam para uma campanha de cereais com produções abaixo do esperado, embora superiores às registadas no ano passado, devido principalmente às elevadas precipitações e umidades verificadas no final do ciclo dos cereais que prejudicaram quer o volume da produção, quer a qualidade do grão.

O INE estima que a área de milho diminua 10% perante ao mesmo período de 2013, mas ressalva que, apesar dos atrasos provocados pelas baixas temperaturas, as lavouras de milho apresentam um aspecto vegetativo normal.

“O nível do preço do milho tem sido a principal preocupação dos produtores, se encontra próximo dos praticados em 2013 e com tendência para descer”, escreve o INE no boletim de previsões agrícolas.

As condições meteorológicas também prejudicaram o rendimento da vinha para vinho, prevendo o INE decréscimos de produtividade da ordem dos 6% para a maioria das regiões vitivinícolas, em alguns casos, resultantes das baixas temperaturas e elevadas precipitações.

A Península de Setúbal e as Terras de Cister são as únicas regiões vitivinícolas onde as previsões apontam para aumentos do rendimento da vinha, enquanto no Alentejo a produtividade deverá ser próxima da de 2013.

A produtividade do arroz deve rondar as seis toneladas por hectare, valor semelhante ao registado na campanha anterior, mas regista algum atraso.

As temperaturas relativamente amenas têm sido favoráveis ao desenvolvimento do milho de sequeiro, cultura circunscrita a algumas regiões do Norte e Centro, prevendo-se um aumento da produtividade de 5%, em relação ao mesmo período de 2013.

O desenvolvimento da batata ocorreu com normalidade, segundo o INE, e a colheita já realizada mostra boa qualidade dos tubérculos, prevendo um acréscimo de produtividade na ordem dos 10%, relativamente à última colheita.

A produção de batata de sequeiro deve registar um acréscimo de 15%, resultado do aumento das áreas plantadas, e da respetiva produtividade, mas o INE destaca dificuldades de escoamento e subvalorizado no circuito comercial porque o mercado se encontra abastecido por produção em quantidade e boa qualidade, verificando-se.

 

Fonte: Agência Lusa

 

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