Tendência, segundo ele, é de manutenção dos preços nos atuais níveis
A China tende a colocar no mercado seus estoques de algodão de forma cautelosa, o que não deve provocar efeitos significativos sobre a cotação internacional da pluma. A avaliação foi feira por Marcelo Escorel, vice-presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), durante o seminário Perspectivas para o Agribusiness 2014 e 2015, promovido pela BM&FBovespa, em São Paulo (SP).
Ele ressaltou que a China detém atualmente 60% dos estoques mundiais de algodão. Desta forma, a posição do país asiático no mercado é avaliada com atenção pelos demais players. Segundo Escorel, o mercado tem trabalhado com volumes menores da pluma. De outro lado, o governo da China já sinalizou redução dos subsídios à produção interna.
China detém atualmente 60% dos estoques mundiais de algodão (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)
“Mantendo o consumo e diminuindo a produção da China, que é a mais importante do mundo, eles já vão ajudar nessa diminuição de estoques em um prazo mais longo. E como a gente vê os chineses trabalhando sempre a longo prazo, a gente acredita que eles vão ter a paciência de diminuir aos poucos até chegar a níveis mais equilibrados”, disse ele.
Para Marcelo Escorel, os atuais níveis de preços, em torno de US$ 0,80 por libra-peso no mercado internacional, ainda são positivos para a produção e para a indústria. Mais para frente, ele acredita que a tendência é de manutenção dos atuais níveis, considerando, inclusive, os efeitos da ação chinesa no mercado.
Por: Raphael Salomão
Fonte: Globo Rural
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