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Cavalo da raça campolina ganha mercado na Bahia

Bom marchador, o cavalo campolina vem ganhando espaço nos criatórios baianos. Atualmente, a Bahia tem o terceiro maior número de criadores e caminha para ocupar a segunda posição, sendo o estado que mais tem crescido em número de apreciadores dessa raça.

O associativismo dos donos de campolinas tem impulsionado a realização de eventos no estado nos últimos cinco anos (leia ao lado). Essa divulgação, pelo interior, acabou impulsionando o quantitativo de apreciadores da raça.

Segundo a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina, a Bahia registra entre 15 e 20 novos associados por ano. Com 135 membros contra 150 do segundo maior estado criador, Rio de Janeiro, os especialistas acreditam que não demorará muito para os baianos subirem de posição no ranking.

Quem apostou nesse cavalo elogia o equilíbrio entre forma e beleza e, sobretudo, o conforto que oferece em passeios de longa distância.

“O campolina é o que tem mais conformidade, tanto em marcha como em beleza. Para cavalgada longa, é mais confortável que o mangalarga marchador. É praticamente um sofá, muito mais macio”, diz o criador Paulo Rocha.

Ex-presidente da Associação dos Criadores do Cavalo Campolina e do Jumento Pêga da Bahia (ACCCBa), Paulo auxilia a filha, Thalita Rocha, no Haras Luanda, segundo maior criatório de campolinas do estado, localizado em Araças, município da microrregião de Alagoinhas, a 116 km da capital.

Paulo deu início a criação em 2003. “Procuramos mangalargas marchadores, mas os achamos pequenos e sem muita beleza. Ficamos apaixonados pelo campolina, que é mais alto, mais altivo e tem uma marcha tão boa quanto o mangalarga “, afirma.

Dono do Haras Vitória, em Teodoro Sampaio, a 30 km das cidades de Feira de Santana e Alagoinhas – os dois principais polos dessa criação no estado -, Jorgge Libório também é um entusiasta da raça, que cria desde 2005.

“É um cavalo de fazenda e lazer. Para passeio é um ótimo animal, pois é dócil. Além disso, é extremamente altivo, tem beleza, se destaca em uma cavalgada”, aponta.

Há campolinas para todos os bolsos, com preços que variam de R$ 3 mil até alguns milhões de reais, a depender do objetivo do comprador e das credenciais do animal.

Paulo aconselha a quem ainda não está familiarizado com a criação de equinos a optar por um cavalo já adestrado, com mais de quatro anos de idade. Um animal desse pode ser adquirido a partir de R$ 10 mil, segundo ele.

Rentabilidade

A valorização do campolina no mercado acompanha o crescimento da raça. O número de animais ainda é pequeno no país, se comparado ao seu principal concorrente, o mangalarga marchador, já amplamente difundido.

“Enquanto o mangalarga custa entre R$ 7 mil e R$ 8 mil, o campolina custa entre R$ 12 mil e R$ 15 mil. Um cavalo premiado nacionalmente vale R$ 30 mil, R$ 50 mil e um grande campeão nacional pode chegar a R$ 100 mil”, diz Libório.

Ele afirma que a criação é um negócio rentável, com potencial para gerar uma lucratividade de até 30% para cavalos comerciais e de até 70% no caso dos premiados.

Vender o material genético também é um ótimo negócio. A Bahia, segundo os criadores, já é autossuficiente nesse campo, disponibilizando material de primeira linha, que, inclusive, já produziu campeões nacionais da raça.

Outro meio de remuneração são os leilões. “Em média vende-se um lote por R$ 20 mil, R$ 25 mil”, diz Paulo Rocha. Hoje, cerca de 30% dos animais dos leilões vêm da Bahia. É uma participação expressiva uma vez que o estado é o quarto em número de animais, atrás de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Fonte: atarde.uol.com.br

 

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