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Capacidade de armazenagem atinge apenas 58% da produção no Mato Grosso do Sul

A safra 2014/2015 de soja já começou a ser colhida no Brasil e o próximo passo é a armazenagem. Segundo dados da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, com base em levantamento feito pela Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, o Estado tem capacidade de estocar cerca de 8 milhões das 13,8 milhões de toneladas de grãos de soja e milho previstas para a safra atual. Com o objetivo de desenvolver o gerenciamento de unidades armazenadoras, o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS oferece entre os dias 20 e 23 de janeiro em Dourados o curso de armazenagem de grãos de soja e milho.

Em âmbito nacional, o déficit não difere. Os armazéns brasileiros devem comportar apenas 47% da safra 2014/2015 de grãos, com base nas informações da Conab. Para o instrutor do Senar/MS Paulo Mitio, essa realidade nacional ainda está longe de ser superada. “Se formos levarmos à risca, o ideal seria que a capacidade de armazenagem fosse superior a 20% da produção”, informa Mitio, que destaca a importância no cuidado pós-colheita. “Não é apenas plantar, tratar de pragas e doenças, cuidar do solo e colher. É preciso armazenar de forma correta e capacitar profissionais para esse tipo de trabalho”, sustenta o instrutor do Senar/MS.

O agricultor tem duas opções para estocar a produção: ter esse tipo de estrutura na propriedade ou recorrer a cooperativas e empresas de armazenamento. “Isso vai depender muito da área plantada, ou seja, de quanto ele vai colher. Vale a pena ressaltar que quando o produtor tem uma unidade de armazenamento em sua propriedade, o processo de comercialização é mais rápido”, destaca Mitio enfatizando o benefício do investimento.

O instrutor do Senar/MS ressalta que apesar do déficit, a construção de novos armazéns públicos e privados tem fomentado a criação de empregos na área, por isso a necessidade de novas capacitações.

Em Mato Grosso do Sul os produtores rurais tem a opção de armazenagem física, em silos graneleiros ou em temporários, conhecidos como silos bag, em português, silos bolsa. “Os dois desempenham muito bem o papel de estocagem de grãos, mas a vantagem do silo físico é que nele é possível montar um sistema de monitoramento de grãos”, salienta o instrutor do Senar/MS, ao afirmar que a partir desse acompanhamento podem ser medidas a quantidade de impurezas, umidade e temperatura, o que garante a qualidade da produção.

Durante a capacitação, que acontece em uma propriedade rural que possua unidade armazenadora, são abordados temas como segurança no trabalho, recepção, descarga e secagem do produto, expedição e gerenciamento de qualidade. O curso de Armazenagem de Grãos (Soja e Milho) tem carga horária de 32 horas e capacidade para 10 participantes.

 

Fonte: Revista Produz

 

 

rsuser

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