Ativistas ambientais, indígenas e pescadores artesanais estão reunidos.
Canoada é chamada de “Bye, bye Xingu” e teve a largada em Altamira. Os canoeiros largaram de Altamira, no Pará. Ao todo, 113 participantes, distribuídos em 21 canoas tradicionais, usadas por ribeirinhos e indígenas, aceitaram o desafio de navegar a remo pelo Rio Xingu.
O percurso de mais de 100 quilômetros foi dividido em três etapas. A primeira é a mais longa, com 45 quilômetros, o que corresponde a um dia inteiro de canoa.
Os participantes vão percorrer a região conhecida como Volta Grande do Xingu, onde está em construção a barragem principal da usina hidrelétrica de Belo Monte. As canoas formaram uma fileira em frente ao Sítio Pimental, um dos canteiros de obra da usina. Os ativistas mostraram faixas e cartazes em protesto contra os impactos ambientais gerados pelo empreendimento.
A previsão é que até meados do ano que vem, um trecho do Rio Xingu seja completamente represado.
Canoeiros experientes estiveram no comando, mas mas a maioria dos participantes nunca havia navegado no Rio Xingu. As equipes fizeram pausas para descansar nas praias, tomar um banho refrescante e repor a energia com um lanche.
Os pescadores artesanais também participaram da canoada como guias. Raimundo Juruna vive da pesca há mais de 20 anos, mas se queixa que os peixes diminuíram e que a atividade está mais difícil.
No final do dia, os participantes da canoada montaram acampamento nas praias às margens do Xingu para descansar e seguir em frente até quinta-feira (11).
Fonte: Globo Rural
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