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Cafeicultores do Paraná contam com novas tecnologias para a retomada do café no Estado

Instituto Agronômico do Paraná desenvolve cultivares de café e tecnologias de manejo adaptadas às diferentes regiões produtoras
O Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, sediado em Londrina, completou 44 anos de existência no mês de julho deste ano de 2016 tendo como finalidade principal promover a pesquisa técnico-científica, a formação e o treinamento de pessoal especializado para o desenvolvimento da agricultura. A implantação do Instituto foi viabilizada no início da década de 1970 por meio de convênio celebrado entre o Governo do Estado do Paraná e o (extinto) Instituto Brasileiro do Café – IBC, o que demonstra a ligação do IAPAR com a pesquisa cafeeira desde a sua fundação.
Avançando um pouco no tempo, em 1997, o IAPAR participou da criação do Consórcio Pesquisa Café, juntamente com outras nove instituições fundadoras, para executar e implementar ações do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café – PNP&D/Café. Especificamente em relação ao Paraná, o IAPAR vem realizado pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias cafeeiras, como novas cultivares e modernas tecnologias de manejo, as quais são adequadas às diferentes regiões produtoras e visam a retomada da cafeicultura no Estado por meio do aumento da produtividade, melhoria da qualidade do produto e da bebida, redução de custos de produção e de insumos e energia, além do aumento da eficiência da mão-de-obra e infraestrutura com vistas à sustentabilidade do setor.
Como exemplo de novas cultivares desenvolvidas e registradas pelo IAPAR, desde a criação hockey jerseys do Consórcio Pesquisa Café, destacam-se a IPR 107, IPR 103, IPR 100, IPR 99, IPR 98 e a IAPAR 59. Essas cultivares, além de possuírem potencial agronômico e atributos positivos demandados pelo mercado, tais como resistência a pragas e doenças, tolerância a seca, diferentes estágios de maturação e portes, além da adaptação a condições de clima e solo do Paraná, possuem ainda potencial de adaptação para o cultivo em outras regiões produtoras do País. Essas cultivares foram objeto de divulgação recente na página do Observatório do Café.
Para incrementar e viabilizar o cultivo do café no Estado, inclusive por meio dessas cultivares mencionadas, diversas tecnologias de manejo do Instituto vêm sendo disponibilizadas para a retomada do desenvolvimento da cafeicultura no Paraná. Em especial, vale destacar técnicas agronômicas de plantio adensado, manejo fitossanitário, manejo de solos e podas, plantio consorciado, métodos de proteção de geadas, entre outras tecnologias, que estão disponíveis no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, a saber:
Café adensado: espaçamentos e cuidados no manejo da lavoura – essa tecnologia apresenta para os cafeicultores as vantagens do plantio adensado do café e o respectivo manejo da lavoura. Mostra ainda que o plantio adensado é um dos pilares para a sustentabilidade da cafeicultura em pequenas e médias propriedades.
Manejo do solo, adubação e calagem: antes e após a implantação da lavoura cafeeira – orienta quanto Görmek ao manejo do solo antes e após a implantação da lavoura como, por exemplo, amostragem e análise do solo para fins de avaliação da sua fertilidade, correção da acidez, nutrição das plantas por meio da adubação química e verde.
Alerta Geada – o Alerta Geada é um serviço mantido pelo IAPAR e Sistema Meteorológico do Paraná – Simepar, em parceira com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, desde 1995, com o objetivo de alertar cafeicultores, com antecedência de 48h e 24h, para a ocorrência de geada na região cafeeira. Assim, é possível proporcionar tempo hábil para proteção de lavouras recém-implantadas, bem como de viveiros de mudas, evitando prejuízos aos produtores. O Serviço funciona no período de maio a setembro por meio de avisos pelo telefone (Disque Geada 3391-4500), internet, e-mails, além de boletins para TV, rádios e jornais do Estado do Paraná.
Métodos de proteção contra geadas em cafezais em formação – a publicação da tecnologia discorre sobre algumas técnicas de manejo dos viveiros de mudas e das lavouras de café para minimizar os efeitos das geadas sobre as plantas. Ela também conceitua e explica o que é geada, como a geada ocorre, geada branca e geada negra, geada de canela, proteção de viveiros, aquecimento, entre outras tecnologias.
Nova armadilha IAPAR para o manejo da broca-do-café – ensina de maneira simples aos cafeicultores como construir um dispositivo simples e prático (armadilha) para o monitoramento e a captura da broca-do-café (Hypothenemus hampei).
Café: medidas para controle de nematoides – apresenta aos cafeicultores a identificação e o ciclo do nematoide no solo e os cuidados recomendados para o manejo de áreas infestadas e isentas desse patógeno.
Amendoin cavalo como alternativa para cultivo intercalar em lavoura cafeeira – explica o uso do amendoin (Arachis hypogaea, hypogaea tipo Virgínia) como cultura intercalar em lavoura de café para realizar a adubação verde e também para aumentar a resistência do solo à erosão, melhorar a capacidade do solo em armazenar água, facilitar o controle de plantas invasoras e fazer a ciclagem de nutrientes.
Café: competitividade da cadeia produtiva no sistema cooperativo do Paraná – estudo sobre a competitividade da cadeia produtiva do café no sistema cooperativo, por meio do valor adicionado a preços de mercado. Nessa publicação constatou-se vantagens para o agricultor que comercializa o café por meio de cooperativas.
Implantação de cafezais sob túnel de guandu – trata-se de uma técnica idealizada pelo cafeicultor Américo Figueiredo Netto no início da década de 80, a qual foi testada, comprovada e recomendada pelo IAPAR e EMATER-PR com o objetivo de fornecer, nos primeiros anos de formação, um ambiente exclusivo para as plantas de café em termos de proteção a altas e baixas temperaturas, redução do número de plantas invasoras, aumento da fertilidade do solo, melhor aproveitamento das águas de chuvas, entre outras.
Sistemas agroflorestais: seringueira e cafeeiro – nessa publicação o IAPAR apresenta o sistema agroflorestal ‘seringueira e cafeeiro’ como uma promissora alternativa para a cobertura e proteção do solo e produção diversificada, atendendo a requisitos sociais, ecológicos e econômicos. Tal tecnologia tem potencial para contribuir com o aumento da produção de borracha natural do país.
Cafeicultura no Paraná – Em 2016, de acordo com o Segundo Levantamento da Safra de Café – 2016 da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, o Paraná produzirá 1,116 milhão de sacas de 60kg de café em uma área de produção de 47,3 mil hectares, com produtividade de 23,6 sacas por hectare. Saiba mais sobre o Programa Café do IAPAR clicando aqui.
Para saber mais sobre as novas cultivares do IAPAR, o portfólio de tecnologias do IAPAR, o IAPAR, Embrapa Café, Observatório do Café e Consórcio Pesquisa Café, acesse:
Matéria do Observatório sobre novas cultivares do IAPAR
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias/737-2016-08-26-15-13-11

 

Editor RuralSoft

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