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Baixo nível do Rio Piracicaba, em SP, prejudica a população e a piracema

A vegetação se alastra, as pedras estão visíveis e a água poluída.

Viagem dos peixes em busca da desova virou uma missão impossível.

No Sudeste, o retorno da chuva ainda não foi suficiente para amenizar a estiagem e muitos rios estão com o nível abaixo do normal. É o caso do Piracicaba, em São Paulo. Além de prejudicar o abastecimento da população, o pouco volume de água afeta a piracema.

Com os barcos amarrados nas margens, há meses sem sair no rio, os pescadores olham com tristeza o Piracicaba quase seco.

A vegetação se alastra pelo leito, as pedras estão visíveis e a água está com alto nível de poluição. Os peixes deveriam iniciar o caminho de volta às nascentes em busca de águas mais calmas e limpas, mas a viagem, que já é longa e difícil, por causa do baixo nível do Rio Piracicaba tornou-se impossível.

O rio possui 100 espécies de peixes. A última piracema já foi prejudicada por causa de uma seca atípica, no auge do verão, em fevereiro. Uma grande mortandade de peixes causou um desequilíbrio em todo ecossistema do rio com reflexo nos próximos anos. Agora, no momento em que os peixes deveriam iniciar mais uma vez o caminho até as nascentes, o rio que, nesta época, costuma estar com nível em torno de 1,70 metro, não passa dos 60 centímetros.

A água do rio precisa transbordar o leito e chegar até a margem para que os peixes consigam desovar com segurança na cabeceira. Este é o cálculo que os biólogos do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Tropicais fazem para uma piracema de sucesso no Piracicaba.

Para encher o rio, a chuva tem que vir logo e de forma constante e fininha porque se cair com força, toda a matéria orgânica depositada no fundo, vai se misturar com a água, diminuindo a oxigenação e dificultando ainda mais a respiração dos peixes e o processo de reprodução.

 

Por: Cristina Maia

Fonte: Globo Rural

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