Aumenta o valor pago pelo quilo do suíno vivo em Minas Gerais
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Após vários meses trabalhando no vermelho, os criadores independentes de suínos estão aliviados, agora que a atividade voltou a dar lucro.
Um alívio para os criadores independentes de suínos de Minas Gerais. Após vários meses trabalhando no vermelho, o valor recebido pelo quilo do animal vivo aumentou e o setor voltou a dar lucro.
Na atividade há mais de 20 anos, o suinocultor Ricardo Bartolo, tem uma granja na propriedade dele em Patrocínio, no Alto Paranaíba.
Ricardo é criador independente, tem as leitoas reprodutoras, faz todo o ciclo de engorda e arca com os custos da energia e de mão de obra da granja. Depois vende os animais para os frigoríficos que estiverem pagando o melhor preço. Ele conta que desde agosto o setor está bem melhor, como há tempo não via.
“O mercado teve nos pressionando de mais nos últimos sete meses, com preços aquém dos nossos custos. Agora o mercado reagiu e a gente começa a ser remunerado por todo esse trabalho que a gente faz na suinocultura”, fala o suinocultor.
A melhora no preço pago pelo quilo do suíno vivo em Minas Gerais, dá mais ânimo para quem vive desse negócio porque mesmo com o custo de produção sendo o mais alto da história do setor, ainda assim a atividade dá lucro.
O valor pago no estado já chegou a R$ 4,70, pelo quilo do suíno vivo, 15% a mais do que em janeiro deste ano.
O suinocultor Cícero Vieira, de Patos de Minas, que também é criador independente, vê com boa perspectiva a atividade. E confia que a tendência daqui para frente é de melhora ainda mais.
“A gente sabe que tem os altos e baixos e chegou nesse momento a gente reanima para continuar crescendo, continuar firme na atividade e tentando se estruturar para passar bem as próximas crises que toda atividade tem. A gente sabe que é assim que funciona”, diz o suinocultor Cícero Vieira.
Segundo Claudio Nasser, presidente da バックアップ Cooperativa dos Suinocultores, a Suinco, dois fatores explicam esse aumento no valor pago aos criadores.
“As exportações vêm aumentando de forma significativa, acima de 40% desde que iniciou o ano. E nós acreditamos que essa tendência há de continuar. Por outro lado, nós temos neste segundo semestre aí que historicamente sempre aqueceu o mercado. Vão chegando as festas de final de ano e a demanda pela carne suína sobe”, fala o presidente da Suinco, Cláudio Nasser.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal, a Abpa, as exportações de carne suína nos oito primeiros meses deste ano, aumentaram 41% em relação ao mesmo período de 2015.
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