O serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), executado pelo seu Centro de Extensão Rural (Cenex), registra esta semana 50 Anos de atividades. Única instituição no âmbito federal, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que executa serviços de assistência técnica e extensão rural de forma integrada com a pesquisa. A Ceplac assiste a mais de 70 mil agricultores em todo o país, envolvendo inclusive cerca de 900 cooperativas e associações. Ela atende desde agricultores familiares, passando por pequenos produtores e agricultores tradicionais, assentados, quilombolas e indígenas, até pescadores artesanais.
O diretor da Ceplac, Helinton Rocha, informou que só no sul da Bahia o Centro de Extensão Rural presta serviços a cerca de 20 mil produtores atingindo um total em torno de 16 mil propriedades. O trabalho do Cenex/Ceplac apoia as Políticas Públicas de Crédito Fundiário e Regularização Ambiental/Cefir e desenvolve ações para a dinamização das Cadeias Produtivas, especialmente da Agricultura Familiar, para a elevação da produtividade das fazendas de cacau, formação de jovem empreendedor rural, desenvolvimento de sistemas agroflorestais e conservação produtiva com ênfase no manejo do cacau cabruca, um sistema de cultivo de cacau sob a sombra de espécies vegetais da Mata Atlântica.
Referência na execução de políticas públicas integradas para o desenvolvimento rural sustentável nos Trópicos Úmidos, a Ceplac tem atuação em todas as regiões produtoras de cacau do Brasil e se insere em dois relevantes biomas, que são a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. Assim, envolve uma população superior a seis milhões de habitantes, distribuída em 223 municípios e 22 territórios rurais nos seis estados produtores de cacau: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará e Rondônia.
O modelo institucional da Ceplac, único na agricultura brasileira, tem a extensão rural integrada ao serviço de Pesquisa sob a mesma administração para a geração de conhecimento em cacau, a formação de técnicos de nível médio, treinamento de mão de obra, complementadas por ações na área do associativismo e do cooperativismo.
Helinton Rocha ressaltou que, as ações da pesquisa e da extensão principalmente no combate a praga vassoura-de-bruxa, tem sido por meio de soluções genéticas e manejo integrado, aliadas às iniciativas dos cacauicultores. Estas ações têm marcado uma nova fase de recuperação da cacauicultura baiana, que já foi responsável por 98% da produção brasileira.
Para o diretor do Centro de Extensão da Ceplac na Bahia, o agrônomo Sérgio Murilo, o desafio atual é universalizar o conhecimento gerado nos Centros de Pesquisa e auferir os benefícios dele decorrentes, considerando a missão institucional. Com este objetivo a Ceplac busca parcerias com Secretarias, órgãos e empresas do Mapa, MCT e MDA, além de cooperações e convênios com outras as esferas dos governos federal, estadual e municipal.
Fonte: Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
