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Até 5 plantas frigoríficas devem ser reabertas em Mato Grosso após CPI, diz deputado

O presidente da CPI, Ondanir Bortolini (PSD), destacou que a meta é finalizar os trabalhos até o dia 22 de dezembro
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Frigoríficos ouviu, hoje, Sebastião Douglas Sorge Xavier, representante da empresa Quatro Marcos Ltda; Rui Mendonça Júnior e Martin Secco Arrias, representantes da empresa Mafrig Global Foods e Natalino Bertin, da empresa Bertin Ltda. As testemunhas Antônio Eugênio Belluca, da empresa Localmeat Ltda, e José Barbosa Machado Neto, representante da empresa IFC International Food Company, não compareceram e a comissão aguarda justificativa para remarcar os depoimentos.
Após os quatro depoimentos, os parlamentares foram unânimes nas respostas e acreditam que a CPI começa a mostrar os primeiros resultados positivos, com possibilidade de reabertura de pelo menos quatro ou cinco plantas em Mato Grosso. “Os quatro empresários cumpriram com o dever de convidados e, atendendo às reivindicações da CPI, ajudaram a esclarecer o que houve na cadeia da carne em Mato Grosso. Faltam apenas alguns detalhes para finalizarmos o documento”, destacou Nininho.
O presidente New da CPI, deputado Ondanir Bortolini (PSD), destacou que a meta é finalizar os trabalhos até o dia 22 de dezembro, pois, este é o prazo para concluir todo o relatório de atuação do grupo. “Os resultados apontam que temos que reabrir no mínimo quatro a cinco plantas de frigoríficos. Isso está mapeado pela equipe técnica e temos dados de que em 2015, quase 600 mil cabeças saíram do Estado para serem abatidas fora daqui”, destacou o parlamentar.
O presidente da CPI espera que seja aberto o mercado para livre concorrência nas vendas do gado, ao fim de análise do grupo. “Queremos equivalência, e não como a coisa está hoje, onde há um grupo somente comandando o abate em Mato Grosso”, destacou Nininho.
Na reunião dessa terça, o primeiro a depor foi o representante da Quatro Marcos LTDA, Rui Mendonça Junior, que respondeu todos os questionamentos dos parlamentares, inclusive os que se referiaram aos motivos que levaram ao fechamento da planta de Nova Xavantina. “Quando a Mafrig comprou a planta, ela estava na massa falida e parada com suas atividades desde 2010. Iniciamos a reforma e ficamos operando até 2015, quando tivemos a recessão da carne e resolvemos fechar definitivamente”, explicou ele.
Mendonça falou ainda que um dos principais motivos do fechamento em Nova Xavantina foi por razões jurídicas, e que a planta vai a leilão nos próximos dias. “Vivemos questões jurídicas que estão sendo resolvidas, no entanto, temos interesse em reabrir”, acredita ele.
Na sequência, o sócio-proprietário da Marfrig, Martin Secco Arrias, também reforçou problemas jurídicos da empresa para fechamento da planta. “Investimos nessa planta com aparelhamento e estrutura, no entanto, vários motivos provocaram o encerramento das atividades”, complementou Arrias.
Da empresa Bertin Ltda, Natalino Bertin fez uma breve explanação de como aconteceu as negociações envolvendo sua empresa frigorífica com a JBS. “Depois da crise de 2008, fizemos uma fusão com a JBS, negociando mais de trinta plantas nossas com o esse grupo”, afirmou Bertin.
Depois de analisar as colocações do representante da empresa Bertin, o presidente da CPI entende que o grupo também foi mais um dos que cederam à pressão imposta pela JBS. “Está claro que o Bertin foi mais uma que cedeu ao monopólio. Essa é a atual realidade que os frigoríficos menores tiveram que enfrentar e encerrar as atividades no estado”, disparou Nininho.
O último a depor foi o sócio da empresa Quatro Marcos LTDA, Sebastião Douglas Sorge Xavier, que também alegou que precisou vender a planta para a JBS. Porém, em 2008, sua empresa passou por uma recuperação judicial e para quitar as dívidas precisou vender ações. “Fizemos muitos negócios com a JBS, com vendas e arrendamentos de plantas. Depois disso, me ausentei desse ramos”, disseSorge Xavier.

 

Editor RuralSoft

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