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Ataque de doença no trigo provoca prejuízo para produtores do RS

Brusone é causada por um fungo que ataca a haste da planta.

Agrônomos estimam perdas de 30% na produtividade das lavouras do grão. A combinação das altas temperaturas com o excesso de umidade prejudicou o cultivo do trigo no Rio Grande do Sul. As lavouras foram tomadas pela brusone, uma doença que afeta a produtividade.

A lavoura de 16 hectares em Giruá, no noroeste gaúcho, o trigo foi atacado pela brusone. A doença é causada por um fungo que ataca a raquis da planta, a haste que segura os grãos e impede que a seiva passe para o restante do cacho.

“Ela está ocorrendo em toda a região noroeste do Rio Grande do Sul, principalmente em função das condições de clima que tem ocorrido nas últimas duas semanas”, diz o agrônomo Sérgio Schneider.

A diferença entre a espiga sadia e aquela atingida pela praga é visível na lavoura. Boa parte da espiga fica esbranquiçada. A perda deve ficar em torno de 70% na propriedade do agricultor Igídio Daruy. “A gente usou alta tecnologia. Nós tínhamos uma expectativa de produção de 70 sacas por hectare. Agora, eu estimo somente em vinte sacas por hectare a produtividade”, calcula.

A doença é semelhante à giberela, comum nas lavouras de trigo do estado. Mas enquanto a giberela ataca os grãos de forma isolada, a brusone pode ocasionar a perda de todo o cacho.

Segundo a Embrapa, a última epidemia de brusone no país foi registrada em 2012. Na ocasião, cerca de 40% da produção de trigo foi perdida no norte do Paraná, no sul de São Paulo e no Mato Grosso do Sul.

No Rio Grande do Sul, a doença é comum na produção de arroz e no cultivo do azevem, forrageira usada na alimentação de animais. Primeira vez, o trigo foi atado no estado. Por enquanto, não há tratamento químico eficiente para o controle da doença.

sonora sérgio schneider engenheiro agrônomo “Os produtores tenham cautela e aguardem para que os técnicos possam fazer uma avaliação melhor dos danos da lavoura. Se tiver dano acentuado, que o produtor possa fazer encaminhamento de seguro”, diz orienta Schneider.

Os agrônomos estimam perdas de 30% na produtividade das lavouras do noroeste do Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Globo Rural

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