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Antracnose tem atacado lavouras de soja em MT e preocupado produtores

O fungo deixa vagem, caule e folhas necrosadas.

Prejuízos podem chegar a 40% da lavoura.

Desde que começou a plantar soja em Tapurah (MT), Silvésio de Oliveira convive com a doença Antracnose nas lavouras e já chegou a ter perdas de 20% da produção. Hoje ele aprendeu a conviver com a doença e a fazer a aplicação de fungicidas no momento certo, mas acredita que nesta safra os prejuízos serão mais evidentes no estado. “A antracnose, esse ano, acho que vai ser o que mais vai roubar a renda do produtor”, prevê.

A doença é causada por fungos e pode ser identificada por manchas escuras nas plantas, que apodrecem os tecidos. Em casos severos, pode atingir até 40% da lavoura. Neste ano, não houve grandes incidências da doença na lavoura do produtor de Tapurah, mas o agrônomo Marussan Barbosa, que monitora várias áreas de cultivo na região se surpreendeu com as incidências.

“Tem alguns produtores que acabaram arriscando, deixando para fazer aplicação de fungicida um pouco mais tarde e a doença se instalou na lavoura”, conta o agrônomo.O produtor conta que, geralmente o produtor foca em doenças mais devastadoras, como a ferrugem, que pode ocasionar uma perda de 100% da lavoura, e esquece de doenças como a Antracnose. “E rouba menos, mas rouba também e é considerável”, afirma Oliveira.

O fungo que causa a doença gosta de umidade e altas temperaturas, exatamente como estão as lavouras nesta época do ano. Uma das ações que o produtor pode adotar para evitar a proliferação do fungo é aumentar o espaçamento das plantas, para no máximo 50 cm.

Barbosa comenta que essa atenção ao espaçamento é essencial, mas, como no início do plantio estava faltando chuva, muitos produtores aumentaram em torno de 20% e 25% o número de sementes por metro linear. No entanto, em algumas regiões as condições de chuva foram ideais, todas as sementes germinaram, o que gerou um volume maior de plantas. “Nós temos campos com excesso de plantas, e nesses campos que está com excesso da população, com certeza a incidência da doença é muito maior”, explica.

Quando a doença é diagnosticada no início, antes de atacar as vagens, é possível controlar a doença com pulverizações. Mas quando o fungo chega na vagem, conforme explica o agrônomo, ela seca e a tendência é que as outras vagens também sejam necrosadas.

 

Fonte: G1 – MT

rsuser

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