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Alta na arroba do boi impulsiona aumento no preço das fêmeas

Em MS, arroba da fêmea chegou a quase R$ 118.

Aumento é de 18% no período de um ano.

O mercado do boi gordo tem batido recordes nos últimos meses e em Mato Grosso do Sul, quem cria fêmeas também está conseguindo ter bons lucros.

Antônio João de Almeida é especializado na engorda de fêmeas. A propriedade dele fica no município de Corguinho, região central de Mato Grosso do Sul.

A carne da vaca é normalmente menos valorizada do que a do boi gordo, diferença que chega na casa dos 7% no estado. Isso acontece porque, geralmente, as fêmeas são abatidas mais velhas do que os machos, mas na fazenda de Antônio, a situação é bem diferente. As novilhas são abatidas precoces, aos 24 meses, e o produtor recebe a mais por isso.

Além da carne das novilhas ter um valor maior no mercado, Antônio chega a ganhar R$ 5 a mais por arroba. R$ 2 vem de um programa do governo do estado que incentiva a produção de carne de qualidade e os outros R$ 3 vem da Associação de Produtores de Novilhos Precoces da qual ele faz parte. Mas para conseguir esses valores é preciso atingir alguns critérios. “Nós temos bonificação por idade, pelo peso e a bonificação pelo acabamento da carcaça”, diz.

E este ano o produtor não tem mesmo do que reclamar: a alta no mercado do boi gordo influenciou também no preço das novilhas. A arroba da fêmea em Mato Grosso do Sul chegou a quase R$ 118, enquanto no mesmo período de 2013, valia R$ 99, um aumento de 18% em um ano.

O produtor Otacílio Rezende cria novilhas há mais de 20 anos em uma propriedade que fica em Terenos. Na área de 3 mil hectares, ele faz a engorda a pasto de 4,3 mil novilhas por ano.

O bom momento do mercado animou o produtor, que passou a investir também no confinamento. Há 30 dias, 700 cabeças foram colocadas no sistema e a previsão é que daqui 90 dias, os animais já sejam encaminhados para o abate.

Para fazer a estrutura ele investiu R$ 250 mil. “Faz muitos anos que o preço não tinha uma correção tão boa, o preço em alta e o milho em baixa, está compensando o investimento”, explica

 

Por: Flávia Galdiole

Fonte: Globo Rural

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