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Agronegócio: impulsionando o desenvolvimento econômico paulista e brasileiro

Os negócios relacionados à produção agrícola e pecuária do Estado de São Paulo alavancam a balança comercial brasileira, por meio dos diversos produtos exportados. Contudo, o setor ainda necessita de políticas públicas que beneficiem o produtor rural, garantindo renda e proteção contra riscos ambientais

As iniciativas pioneiras para a implantação do que, posteriormente, receberia a denominação de agronegócio foram realizadas na sede da Federação das Associações Rurais do Estado de São Paulo (Faresp), quando o presidente da entidade (atual Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo – Faesp), Fábio de Salles Meirelles, era diretor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), sendo seu presidente o Senador Flávio de Costa Brito.

À época, de 1961 a 1967, Meirelles também era membro da Junta Administrativa do Instituto Brasileiro do Café (IBC). Posteriormente, o líder presidiu o Instituto do Café do Estado de São Paulo (ICESP), entre os anos de 1973 e 1979. Destacando-se como defensor da cafeicultura nacional, buscava sempre desenvolver gestões para liberação de estoques do produto para a transformação em café solúvel. Com isso, foram criadas condições para o estabelecimento da primeira indústria de café solúvel nacional, a Dominium. Assim surgiu o que hoje entende-se como agronegócio.

Este importante setor, dinâmico e diversificado, colabora de forma estratégica e expressiva para a interiorização do desenvolvimento socioeconômico paulista, visto que algumas das cadeias de produção mais dinâmicas, exportadoras e intensivas no uso de mão de obra encontram-se vigorosamente associadas à economia estadual, tais como cana-de-açúcar, carne bovina, laranja, café, leite, milho e ovos. Segundo Meirelles, o agronegócio é responsável pela manutenção de 15% dos postos formais de trabalho da economia estadual, 15% do PIB total do Estado e 37% das exportações totais paulistas.

Conforme dados divulgados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), a área de ocupação e uso do solo agrícola em São Paulo, no ano de 2013, corresponde a 21.062.098,7 hectares. A implantação de pastagens é a atividade predominante, ocupando 40% dessa área e, em seguida, as culturas semi-perenes, com 30% de ocupação, em que se destaca o cultivo de cana-de-açúcar para a indústria.

Na região, 16% da área destinada à agricultura possui cobertura natural, com predomínio de matas nativas. “As culturas anuais ocupam 10%, sendo a maior área ocupada com grãos (soja, milho, feijão e amendoim). Dessa área agrícola, 5% são ocupadas por culturas perenes, em que se destacam laranja (57%), café (19%) e seringueira (8%). Outras frutas representam 8% dessa categoria. As áreas com reflorestamento também participam com 5%, sendo que a cultura do eucalipto predomina com 87% nessas áreas”, afirma a engenheira agrônoma, pesquisadora e diretora do IEA, Marli Dias Mascarenhas Oliveira. Portanto, a atividade agropecuária e as culturas associadas à agroindústria, considerando-se o parque industrial instalado no estado, incentivam o desenvolvimento do agronegócio paulista, impulsionando, ainda, demais setores como o de serviços e o industrial.

Importância do agronegócio

O agronegócio sustenta o superávit da balança comercial brasileira e a participação da economia rural paulista na composição de tal cenário é intensa. “O agronegócio paulista é o principal exportador brasileiro e, em 2013, gerou divisas na ordem de US$20,77 bilhões, o que representou 20,8% do total exportado pelo agro brasileiro. Por segmento, os números enfatizam essa força do agronegócio paulista, que tem sido responsável, em termos de receita, por 32% das exportações brasileiras de carne bovina, 19% de produtos florestais, 64% de açúcar, 87% de etanol, 93% de suco de laranja, 14% de café, 81% de lácteos, 42% de ovos, 13% de frutas e 65% de flores”, enfatiza Fábio Meirelles.

As principais atividades agrícolas da região paulista são classificadas pela sua participação no Valor da Produção Agropecuária (VPA). Este é composto por informações da safra agrícola sobre produção vegetal e animal, seguido pelos preços dos produtos e os recebidos pelos produtores. Segundo dados do IEA, o VPA do Estado de São Paulo em 2013 atingiu valor estimado em R$ 57,7 bilhões, indicando elevação em moeda corrente de 1,4% se comparado ao ano anterior.

 

Fonte: Revista Produz

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