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Agricultores trabalham na colheita de pêssego e ameixa em pomares do RS

Produtores tiveram problemas com geadas no segundo semestre.

Frutas costumam enfeitar as mesas nas festas de final de ano.Os agricultores gaúchos trabalham na colheita do pêssego e ameixa, que costumam enfeitar as mesas nas festas de final de ano. O Rio Grande do Sul é o estado que mais produz frutas no Brasil.

Na região de Caxias do Sul, os agricultores cultivam vários tipos de árvores frutíferas como maçã, uva e caqui. A época é de pêssego chimarrita, uma das variedades produzidas na serra gaúcha. Considerada precoce, a variedade é uma das primeiras a ser colhida.

“O tamanho é arredondado e não tem bico. Para conservação e transporte, ele se machuca fácil. Internamente, polpa creme e branca, com pequeno colorido junto ao caroço. Ele solta tão fácil. E é uma polpa gostosa e macia”, explica Ênio Todeschini, agrônomo da Emater.

Apesar dos pessegueiros parecerem carregados de belos frutos, os agricultores calculam perdas provocadas pela geada que ocorreu em agosto deste ano. Como a região é montanhosa, cheia de altos e baixos, existem pelo lugar vários microclimas. Assim, o efeito da geada varia muito de sítio para sítio. São 3,4 mil hectares plantados com pêssego e potencial para produzir cerca de 48 mil toneladas. Mas na região já existe um cálculo de perdas.

Apesar de pronto para o consumo, o pêssego não será levado direto para o mercado. As frutas ficarão estocadas em uma câmara fria. Essa é uma estratégia para conseguir um preço melhor. A câmara fria do sítio foi construída com financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Enquanto a colheita do pêssego chimarrita chega ao fim, a ameixa vai avermelhando nos pomares. Na região há 1.050 hectares plantados com a fruta que está em começo de safra. O agricultor Jorge Palandi, que trabalha na propriedade há 30 anos, conta como está a safra de ameixas este ano. “Vai ser em torno de 25 a 30 mil quilos por hectare. Ela engrossou bem”, diz.

As primeiras ameixas a saírem do pomar vão para o galpão de embalagens. As frutas são despejadas em uma esteira. Um sistema de computador faz classificação por peso. Depois, as ameixas caem em bancadas diferentes para embalagem. E as funcionárias enchem as caixas, que recebem a etiqueta e são preparadas para o transporte até ponto de venda. O quilo da ameixa alcança entre R$ 2 e R$ 3, dependendo do tamanho da fruta. A safra menor tem contribuído para um preço melhor.

Nesta hora de colheita, não importa mais o que se perdeu. O que interessa é a fruta que está no pé e o clima futuro até o fim da safra.

 

 Por: Helen Martins

 Fonte: Globo Rural

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