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Agricultores testam uso de ácaro para eliminar praga no chuchu em SC

Ácaros predadores devoram a praga sem danificar os legumes.

Controle biológico tornou possível a redução de custos.

Os agricultores de Santa Catarina estão testando o uso de ácaros predadores para eliminar pragas nas lavouras de chuchu. A disseminação de inimigos naturais reduz a necessidade da aplicação de agrotóxicos.

A plantação de chuchu está carregada na propriedade da família Schmitt, no município de Antônio Carlos. “Requer muito trabalho, muita dedicação e muito esforço e capacidade para levar a frente, adiante o trabalho”, diz a agricultora Maria Lúcia Schmitt.

O agricultor acumulou durante seis anos prejuízos na propriedade até encontrar o manejo mais adequado da lavoura. Com assistência dos técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), os produtores implantaram há dois anos o sistema de controle biológico.

Um dos principais inimigos do chuchu é o ácaro aponychus schultzi, que danifica a plantação. Para combatê-lo, o casal cria ácaros predadores, que são soltos na área de cultivo e devoram a praga sem danificar os legumes. O agriucltor Edésio Schmitt faz o monitoramento da lavoura.

“A gente vem na lavoura e colhe folhas para saber a quantidade de predador e a quantidade de praga que tem. Faz isso para saber o nivel que está se estabelecendo na parreira para liberar a quantidade de predador que vem dos abrigos”, diz Schmitt.

A técnica é simples. O ácaro puro é criado dentro de um espaço reservado. Depois de mais de mais desenvolvido, ele é colocado em folhas de feijão e distribuído pela plantação. A última e principal etapa do processo a liberação do ácaro predador na área afetada com a praga. No mesmo dia já começa o controle. Em uma semana, é possível ver o resultado. O chuchu fica com 70% menos agrotóxico. O controle biológico também tornou possível a redução de custos e a manutenção da produção em alta.

Por enquanto a tecnologia dos ácaros predadores é utilizada na plantação de chuchu em três fazendas da Grande Florianópolis. A intenção é aumentar o número de propriedades e ampliar os tipos de cultivos beneficiados.

“A partir dessa folhinha, eu posso iniciar uma criação massal de ácaros predadores para fazer tratamentos em meio hectare, um hectare de lavoura, dez hectares, cem hectares ou mil hectares de lavoura. Nós precisamos dar alternativas aos agricultores para poder produzir alimentos mais limpos”, diz Ildebrando Nora, agrônomo da Epagri.

O cultivo de morango deve ser o próximo a ser beneficiado com a tecnologia dos ácaros predadores.

 

Fonte: Globo Rural

rsuser

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