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Agricultores têm dificuldades para combater o ataque da buva em MS

Planta invasora suga nutrientes e a água do solo da propriedade.

Sementes podem ser carregadas pelo vento por mais de 40 quilômetros.

Os criadores estão preocupados com o ataque da buva em Mato Grosso do Sul. É preciso gastar um bom dinheiro para combater essa planta invasora, que está mais resistente.

O surgimento de plantas invasoras está incomodando o produtor Ataíde Zanata. O agricultor planta soja e milho em Dourados, na região sul de Mato Grosso do Sul. Ele diz que todos faz o controle com facilidade. Mas, a situação está muito diferente nesta safra. “No ano passado, eram alguns pés. Eu tirei carpindo. Esse ano, triplicou”, comparou.

O agricultor já gastou mais de R$ 100 por hectare para combater a buva, mas ainda não viu o resultado na lavoura. Seis dias após a aplicação de herbicidas, a propriedade continua infestada pela planta invasora que esse ano tem se mostrado mais resistente.

Não é apenas o pequeno produtor que enfrenta dificuldades para controlar a buva. Na fazenda em Laguna Carapã, 600 hectares são destinados ao cultivo de milho e soja. Nesta safra, o agricultor Rodrigo Pavel diz que os custos com o uso de herbicidas aumentaram 70%. O produtor explica que já pulverizou quatro produtos com princípios ativos diferentes só para o controle da buva. Mesmo assim, a planta resistiu às aplicações. “Eu acho que devido ao inverno muito chuvoso e a terra fresca a pressão veio grande da buva esse ano”, diz.

Além de ocupar espaço, a buva é concorrente ao desenvolvimento da lavoura. A planta suga nutrientes e a água do solo. De acordo com o pesquisador da Embrapa Germani Concenço, a buva se reproduz com muita facilidade. As sementes podem ser carregadas pelo vento em uma distância superior a 40 quilômetros.

“Ela é uma planta que se adapta a ambientes quentes e frios. É bem resistente a seca e produz um grande numero de sementes. Então, isso torna uma planta presente praticamente em todas as lavouras de soja do Brasil”, diz Concenço.

O especialista recomenda combate constante e, de preferência, logo após o nascimento das plantas. A rotatividade de culturas também ajuda no controle. “Primeiro ponto manter a cobertura no solo, cobertura vegetal no solo, ao longo de todo o ano. Se for plantar o milho após a soja, plante milho com braquiária para que, após a cobertura do milho, essa braquiária permaneça cobrindo o solo”, completa o pesquisador.

Esta época do ano costuma registrar grande incidência de germinação da buva.

 

Fonte: Globo Rural

 

rsuser

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