Categories: Notícias

Agricultores apostam em derivados da cana-de-açúcar

Doces, melados e rapaduras produzidos em Bom Princípio no Vale do Caí, no Rio Grande do Sul, são alguns dos itens fabricados pela agroindústria Vó Odete. Os deliciosos artigos coloniais feitos de forma artesanal e orgânica são comercializados na serra e na capital gaúcha.

O projeto que começou para ser uma cachaçaria é hoje uma agroindústria especializada em derivados da cana-de-açúcar. “Em 1998 começamos a produzir cana-de-açúcar no sistema agroecológico e fazer cachaça e licores, mas devido ao custo mais baixo nos identificamos com os derivados”, afirmou Adriana Mossman, 37 anos, uma das responsáveis pela produção.

Adriana é filha de Eugênio e Odete Mossman, os fundadores da agroindústria. “Meu pai sempre teve papel de liderança na comunidade. Então, formou uma associação de produtores ligados à cana de açúcar e depois disso, por meio de crédito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), conseguimos recursos para instalar a primeira agroindústria aqui na nossa região”, disse.

A agroindústria atende, hoje, 18 famílias. Os produtos são vendidos em parceria com a cooperativa Ecomorango, que leva os produtos “Vó Odete” para feiras em Porto Alegre, Caxias do Sul e Bento Gonçalves.

Segundo Adriana, a produção ultrapassa 400 quilos por semana. “Na nossa propriedade somos somente eu, meu pai e minha mãe. Os produtos são feitos de forma artesanal, a gente cozinha os doces na panela. É uma produção de muita qualidade”, assegurou.

Os agricultores acessaram o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para a compra de equipamentos, veículos e para investimentos na agroindústria. “Sem esse apoio dificilmente teríamos avançado”.

Sabores e Saberes

Em 2004, a Família Mossmann foi convidada para fazer parte do Roteiro Turístico Regional Sabores e Saberes do Vale do Caí, um roteiro de turismo rural com foco na agroecologia. Nesse mesmo ano eles definiram o nome da marca dos produtos “Vó Odete”. “Como é ela quem está à frente da produção, que está no tacho cozinhando os doces, nós fizemos essa homenagem”, explicou Adriana.

A propriedade é uma das 13 que fazem parte desse roteiro que tem como objetivo mostrar a possibilidade de uma vida em harmonia com a natureza, produzindo alimentos saudáveis, sem uso de  produtos químicos. 

Os visitantes conhecem a rotina de produção e têm uma breve explicação do processo de fabricação. Além disso, podem degustar e comprar os produtos. “No inverno temos uma maior movimentação. Recebemos, em média, a visita de dois grupos por semana, com 40 pessoas cada. Nossa expectativa é de aumentar ainda mais a produção e ampliar as vendas neste ano”, concluiu Adriana.

 

Por: Talita Viana

Fonte:Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário

 

rsuser

Recent Posts

Cientistas conseguem ‘ler’ cérebro de cavalos para identificar emoções – Olhar Digital

Cientistas conseguiram criar um dispositivo capaz de detectar sentimentos em cavalos. A pesquisa publicada na…

4 anos ago

Startup mineira investe em fidelização no agronegócio

Seedz desenvolveu um software de fidelidade que valoriza o relacionamento entre agricultores e pecuaristas de…

4 anos ago

Vacas ganham app estilo Tinder para encontrar almas gêmeas no Reino Unido

Vacas ganham app estilo Tinder para encontrar almas gêmeas no Reino Unido A Hectare, startup…

4 anos ago

Jovem do interior de São Paulo se torna a rainha dos frangos no Brasil

A produtora rural Luciana Dalmagro, de 34 anos, em sua granja em Batatais, no interior…

4 anos ago

Fazenda Futuro traz ao mercado nova proteína com gosto de frango

A Fazenda Futuro, foodtech brasileira avaliada em 100 milhões de reais, traz ao mercado o…

4 anos ago

Ações são propostas para reduzir o desmatamento na Amazônia Legal por agronegócio e ONGs ambientais

Representantes do agronegócio, ONGs ambientais, setor financeiro, sociedade civil e academia relacionam medidas para reduzir…

4 anos ago