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Agricultoras comemoraram autonomia no Dia Internacional das Mulheres Rurais

A importância da mulher no desenvolvimento do meio rural e na segurança alimentar foi comemorada, nesta quarta-feira (15), em todo o mundo. O Dia Internacional das Mulheres Rurais destaca a luta e as conquistas de uma classe que agora conta com políticas públicas voltadas exclusivamente para a valorização delas.

Única mulher da família, Josilene da Silva Azevedo, 44 anos, é quem comanda o trabalho da família em uma propriedade rural, em Marcação (PB). Casada e mãe de quatro filhos, somente ela tem a Declaração de Adaptação ao Pronaf (DAP). Todos trabalham na terra, mas é a agricultora quem coordena os investimentos para melhoria da produção.

Em 2005, a trabalhadora rural acessou pela primeira vez o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para custeio da produção de mandioca, feijão e inhame, na propriedade de 17 hectares. Ela conta que nunca havia imaginado entrar em um banco na vida. “Antigamente a mulher não era valorizada, nós tínhamos até vergonha de dizer que éramos agricultoras. Agora eu sinto mais valor, tenho orgulho de ser mulher do meio rural”, comenta.

Acesso ao crédito

No primeiro trimestre da safra 2014/2015, 160 mil mulheres deram entrada no pedido de financiamento, pelo Pronaf. Isso representa R$ 1,13 bilhão requisitado pelas trabalhadoras. É um número 33,73% maior do que os R$ 851 milhões solicitados nos três primeiros meses da última safra.

“O número das contratações, especialmente o recurso demandado durante esses três meses, é um grande termômetro de como está o investimento na agricultura familiar. Estamos rompendo barreiras e, agora, toda a família contrata mais crédito, especialmente as mulheres”, ressalta o ministro do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller.

Josilene é exemplo de mulher rural investidora. Em todas as safras acessa o crédito. Em 2010, pelo Programa Mais Alimentos, garantiu um trator e, em 2013, uma Strada. “Vejo os resultados do trabalho. Na mesa do agricultor nunca falta o alimento, quem trabalha sempre tem, é o primeiro a ter comida na mesa”, afirma.

A diretora de Políticas para Mulheres Rurais do MDA, Karla Hora, destaca outra ação importante do MDA que dá mais autonomia para a mulher rural: o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR). Por meio dele, são emitidos documentos civis e jurídicos, gratuitamente, para as agricultoras.

“Temos uma imensa satisfação em apresentar um conjunto de políticas públicas que dialoga com a realidade das mulheres e atua no reconhecimento do papel da mulher e na promoção da autonomia”, declara Karla.

A diretora explica, ainda, que a data de hoje antecede o Dia Mundial da Alimentação (16/10), demonstrando a importância das mulheres na produção de alimentos. “É um duplo sentido. Significa a importância da mulher trabalhadora rural, seus esforços, seu trabalho, além da sua importância na atividade produtiva como geradora e produtora de alimento”, argumenta.

 

Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário

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