Agricultor testa o cultivo de grão-de-bico em propriedade de GO

Fazenda deve produzir 60 toneladas de grão-de-bico nesta safra.

Por ano, o Brasil importa cerca de US$ 8 milhões em grãos. A fazenda em Cristalina, Goiás, está testando o plantio do grão-de-bico, uma cultura nova no país. Os pesquisadores da Embrapa acompanham a primeira colheita dos grãos. O agricultor pretende vender a safra para as indústrias de conserva.

A fazenda Rio Preto, que tem 400 hectares, produz principalmente grãos como o milho e soja. Há quatro anos, o produtor e agrônomo Osmar Artiaga começou a plantar também o grão-de-bico, uma leguminosa originária do Oriente Médio. “Eu acho que é uma cultura interessante e pode trazer riqueza para a região e para o produtor rural”, diz.

O produtor foi buscar sementes na Embrapa-Hortaliças. Desde a década de 90, os pesquisadores estudam variedades adaptadas ao clima e solo do Brasil e já lançaram duas delas no mercado nacional. O agrônomo Leonardo Boiteux destaca o valor proteico do grão-de-bico.

“É rica principalmente em um aminoácido chamado triptofano. Esse aminoácido é precursor da serotonina, que é o que faz a gente ficar alegre, de bom astral. Além disso, ele tem rica em potássio, fósforo e vários outros minerais importantíssimos para o organismo humano”, diz Boiteux.

O Brasil é dependente do produto cultivado no exterior. Por ano, o país importa cerca de US$ 8 milhões em grão-de-bico. A fazenda deve colher nesta safra 60 toneladas do grão. A produtividade, ou seja, a quantidade por hectare está muito acima da média de outros países.

“Nós esperamos uma produtividade em torno de três mil quilos por hectare. A média mundial fica em torno de 800 quilos por hectare”, calcula Artiaga.

Os maiores produtores de grão-de-bico do mundo são a Índia, o México e o Canadá.

 

Fonte: Globo Rural