Adama, Atanor, Dow e Nufarm treinam produtores para uso do herbicida 2,4-D

Ameaçado de ser banido do Brasil, o herbicida ganhou uma nova chance no mercado nacional através da “Iniciativa 2,4-D”. Um grupo formado pelas empresas Adama, Atanor, Dow AgroSciences e Nufarm ofereceu 74 treinamentos este ano em todo o País ensinando sobre o uso correto do defensivo agrícola a 3,5 mil produtores, técnicos e operadores de equipamentos.

“O 2,4-D desempenha um papel fundamental no manejo de plantas de difícil controle, como Buva, Leiteiro, Picão-preto e Nabiça. É essencial que os agricultores conheçam as formas corretas de utilização desta importante ferramenta”, explica Mauro Rizzardi, Professor Doutor da Universidade de Passo Fundo e parceiro da Iniciativa 2,4-D. 

No treinamento foram abordadas informações técnicas sobre a molécula, suas características físico-químicas, situação regulatória, estudos de toxicidade, segurança no campo e manejo de resistência de plantas daninhas. Nos treinamentos sobre tecnologia da aplicação, os agricultores aprenderam a importância da escolha e utilização correta dos equipamentos de pulverização, observação das condições climáticas como vento e umidade, além de como evitar a deriva. 

“Os excelentes resultados da série de treinamentos, que contou com elevado número de interessados, comprovaram a importância deste tipo de ação. O produtor brasileiro está aberto ao aprendizado, valoriza os benefícios da tecnologia agrícola e está cada vez mais comprometido com práticas sustentáveis”, afirma a coordenadora da Iniciativa 2,4-D, Ana Cristina Pinheiro.

No início deste ano, o Ministério Público no Distrito Federal (MPF/DF) acionou a Justiça pedindo a suspensão do herbicida 2,4-D e do glifosato, além de outros sete princípios ativos (parationa metílica, lactofem, forato, carbofurano, abamectina, tiram e paraquat). O pedido da procuradoria foi negado sob a alegação que o 2,4-D possui registro em mais de 70 países, e de que se trata de uma das substâncias químicas mais estudadas no mundo, com mais de 40 mil pesquisas já realizados por diversas instituições de vários continentes.

Por: Leonardo Gottems

Fonte: Agrolink