Uma das situações mais comuns nas propriedades rurais que produzem silagem é a falta de equilíbrio ou sintonia entre o tamanho dos silos, disponibilidade de equipamentos para o processo de ensilagem (tratores, carretas, caminhões, colhedoras de forragens, mão-de-obra) e o tamanho dos silos. Os três fatores envolvidos são:
O potencial de colheita de forragem depende da capacidade da colhedora (toneladas/ hora), do número de colhedoras e do tempo de colheita efetivo de cada uma. A capacidade de colheita é uma informação fornecida pelo fabricante, porém, a capacidade real dependerá da produtividade da cultura e da distribuição das ruas no campo (tempo perdido com manobras devido à presença de muitas ruas curtas). A topografia do terreno, as condições de umidade do solo e o tempo gasto com manutenção podem também interferir. Quanto menor a produtividade da cultura utilizada, maior será o tempo necessário para colher uma tonelada de forragem. A manutenção do conjunto de facas em condições adequadas para o corte garante a capacidade de colheita. Uma equação simplificada para cálculo é apresentada a seguir:
Qde. For. / dia = nº colhed. x capac. real colheita (t/h) x tempo efetivo trab. (h/dia)
Onde:
A capacidade real de colheita e o tempo efetivo de trabalho precisam ser avaliados na propriedade. Há necessidade, para uma maior precisão dos cálculos da existência de uma balança, porém, um peso estimado da carreta pode aproximar bastante os resultados. É importante que haja um correto dimensionamento entre a potência do trator e a potência exigida pela colhedora de forragens.
O tamanho das partículas e a umidade da forragem alteram a capacidade de colheita. A umidade facilita o corte, enquanto que quanto menor o tamanho da partícula, maior o esforço do equipamento e o tempo gasto para a colheita. A produtividade da cultura também está correlacionada com este último fator.
A capacidade de transporte dependerá da capacidade de carga das carretas ou caminhões e do tempo gasto para descarga no silo e retorno ao campo. A distância do local de colheita até o silo e a velocidade possível dos tratores e caminhões são fatores importantes na avaliação desse item. Também o tipo de descarga interfere diretamente nesse fator, sendo a descarga manual com o uso de gadanhos a mais lenta e a descarga basculante a mais rápida. Podemos resumir a capacidade de transporte na seguinte equação:
Qde. For. /dia = nº unid. x {capac. (t) / tempo gasto descarga (h)} x trabalho (h/dia)
Onde:
Tempo gasto descarga (h) = tempo gasto por uma unidade de transporte para ir do campo até o silo, descarregar a carga e retornar ao campo em horas; Horas trab. = tempo trabalhado por dia por cada unidade de transporte (horas/dia).
No silo deverá haver um trator para manter a compactação constante durante todo o período de enchimento para maximizar a exclusão de ar e garantir o crescimento de bactérias anaeróbias (bactérias lácticas) o mais rápido possível, além de reduzir as perdas por respiração das plantas ensiladas (queima de açúcares solúveis), crescimento de fungos e leveduras e aumento da temperatura da massa ensilada.
O trabalho durante o período noturno aumentará substancialmente a velocidade de enchimento dos silos. Chuvas poderão interromper e prejudicar a eficiência do processo, aumentando as perdas, portanto, previsão de tempo e velocidade de enchimento são fundamentais para melhoria da qualidade da silagem produzida.
Comentário MilkPoint: Se a capacidade de transporte for menor que a capacidade de colheita haverá uma ociosidade no uso das colhedoras e tratoristas, enquanto que o inverso acarretará uma ociosidade dos equipamentos e da mão-de-obra envolvida no transporte e descarga no silo. O ideal é um perfeito ajuste e sintonia entre esses dois subsistemas.
Para garantir esse ajuste pode ser necessário uma associação entre produtores para a maximização de uso dos equipamentos, já que a manutenção dos mesmos durante o ano é bastante onerosa. Isso é um exemplo típico de cooperativismo. A terceirização da colheita, com ou sem o uso de colhedoras auto-propelidas, pode também ser uma solução adequada para garantir esse objetivo.
Um planejamento da área plantada, além do uso de épocas diferentes de semeadura, ou mais efetivamente o uso de diferentes híbridos (precoces, normais, tardios, etc.) poderá ajudar no planejamento do uso de máquinas para colheita e transporte da forragem a ser ensilada.
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