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Frango, ovo, milho e inflação: grão supera IGP-DI acumulado no real

Se não for o único, o milho – principal insumo de frangos e ovos – está entre os raros produtos da agropecuária que conseguiram superar a inflação (aqui medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas) acumulada desde 1994, ou seja, na vigência do atual padrão monetário brasileiro, o real.

Em março passado, conforme a FGV, o IGP-DI alcançou 627 pontos (agosto de 1994 = 100), o que significa que em quase 22 anos de vigência do real acumula variação de 527,0%. Pois o milho chegou a março acumulando, nesse mesmo espaço de tempo, variação de 533,0%, ou seja, seis pontos percentuais acima do IGP-DI.

Frango e ovo estão bem longe disso. O ovo, com a Quaresma, obteve boa valorização no bimestre fevereiro-março. Mas acumula, no real, variação próxima de 328,0% e, portanto, permanece cerca de 200 pontos percentuais aquém do IGP-DI.

A situação do frango vivo é um pouco melhor, mas não muito diferente. Obteve ligeira valorização em março, mas com as quedas registradas em janeiro e fevereiro acumula variação de pouco mais de 366,0%, o que significa 160 pontos percentuais abaixo do IGP-DI.

Se tivesse acompanhado, pelo menos, a inflação do período, o ovo teria sido comercializado em março por mais de R$120,00/caixa. Mas embora tenha alcançado no mês preço nominal recorde, ficou a pouco mais de 68,0% desse valor (R$82,42/caixa do ovo branco extra no atacado da cidade de São Paulo).

Já o frango vivo (base: preço ao produtor no interior de São Paulo), em vez de ser comercializado por R$3,76/kg, ficou a menos de 75,0% desse valor, pois seu preço médio, em março, foi de R$2,80/kg.

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